sábado, 30 de maio de 2015

Konoha Hiden Capítulo 3

Olá!                                         

Créditos:http://cacatuasulphureacitrinocristata.tumblr.com/post/120115014366/konoha-hiden-chapter-three-translators-note
Autor: Shō Hinata
                                              Ilustrador: Masashi Kishimoto
Carne e Vapor
As chamas tremeluziam, piscando e balançando de um lado para o outro.

Eu me pergunto por que as pessoas sempre acham tão calmante ficar olhando para o fogo?


Esse pensamento curioso entrou de repente na cabeça de Nara Shikamaru.

Era, provavelmente, algo que tinha começado gerações atrás, quando as pessoas ainda estavam esperando a civilização acontecer. Naqueles dias, o fogo tinha sido sempre um companheiro constante para as pessoas.

O fogo iluminava os seus arredores e mantinha a escuridão da noite longe. Ele protegia as pessoas de ambos frio e invasores estrangeiros. Ele também tinha sido usado como um sinal, para encontrar a localização de seus companheiros, e no caminho de volta para casa.

Anos e anos dessas atividades passaram para os genes das pessoas, e certamente foi passado para o próprio Shikamaru. Foi por isso que, sentando na frente das chamas quentes, ele sentia uma sensação calmante.

Esse sentimento foi transmitido na 'Vontade de Fogo" de Konoha.


De pai para filho. De filho para neto. De professor para aluno. De amigo para amigo.

Seus sentimentos estavam amarrados uns aos outros. Conectados.

Talvez essa Vontade do Fogo tenha começado como uma pequena chama que qualquer um poderia facilmente apagar.

Mas ela não havia desaparecido. Mesmo agora, ela ainda estava sendo transmitida, de pessoa para pessoa, e ainda queimando brilhante.


Eram essas conexões abrangendo gerações que tornaram o fogo tão calmante. Não importa quanto tempo passasse, cada célula no corpo de Shikamaru estava marcada com as memórias daqueles que vieram antes dele, e achavam que o fogo era tão confortante.

As pessoas usam o fogo para cozinhar alimentos e sentar-se em torno dele, olhando para as chamas enquanto comem. Antes de elas perceberem o que estava acontecendo, elas se reuniam em torno dele em grupos de entes queridos.

Naquela época, e agora, essa era uma visão que nunca mudou. Na verdade, neste momento, Shikamaru estava sentado na frente de um fogo quente e comendo uma refeição com seu melhor amigo, Akimichi Chouji.
 




Tagarelice. Risos. O som do tilintar das mesas. Acima de tudo, o som de carne chiando enquanto era preparada.

Yakiniku Q.

Era um lugar usual para Shikamaru e o resto.


Quando se tratava de restaurantes de churrasco como esse, as pessoas geralmente esperam que eles sejam lotados somente a noite, e não ser tão ocupado durante o dia. Yakiniku Q era uma exceção, sempre movimentado durante dia e noite. Sua carne era barata, e ainda por cima de alta qualidade, então o restaurante era muito popular. 

E isso significava que agora, na hora do almoço, Yakiniku Q não era diferente de um campo de batalha.

Pedidos eram gritados de assentos por todos os lados, pedindo cerveja ou chá oolong, utensílios sendo pegos pelos trabalhadores de restaurante apressados. Eles estavam correndo ao redor da loja, circulando em torno de todos os clientes com pressa. O lugar estava agitado.

Shikamaru estava assistindo o estado frenético dos trabalhadores pelo canto do olho enquanto ele colocava um único pedaço de carne na grelha.


A cor vermelha profunda da carne quase parecia brilhar, a gordura brilhando como uma pérola. A prova de que estava fresca. O som crepitante de dar água na boca misturado com o cheiro delicioso flutuando no restaurante.

Shikamaru e Chouji decidiram almoçar aqui no lugar de sempre.

A decisão em si tinha acontecido há pouco tempo.

Shikamaru tinha saído para fazer algumas compras, e esbarrou em Chouji no meio da estrada. Tinham começado a conversar.

Então Chouji disse: "É quase hora do almoço de qualquer maneira, então que tal comer um pouco de carne juntos?" E aqui eles estavam, em seu ponto de encontro habitual, Yakiniku Q.
 
 


Shikamaru tinha entrado na loja com a intenção de ficar lá brevemente, como alguém faria em uma loja de chá, mas Chouji sempre fazia isso.

'Pouco de carne' ele disse- como se fosse! Chouji nunca se sentava sem a intenção de dedicar-se a comer tudo o que podia.

O pedaço de carne na grelha de Shikamaru estava começando a ficar bom e suculento. Ele estendeu a mão com seus pauzinhos e virou a carne. O lado de baixo tinha sido muito bem grelhado.


Se a carne fosse grelhada por muito tempo, ela ia ficar muito dura. Você tinha que vigiá-la cuidadosamente para se certificar de que ela não queime.

A maioria das pessoas gostava de deixar sua carne cozinhar por um período de tempo decidido pelo instinto, mas um estudo de pesquisa recente concluiu que essas pessoas geralmente acabavam assando sua carne por muito tempo.

...Ou, pelo menos, foi o que Chouji tinha dito a Shikamaru enquanto eles estavam conversando.

O próprio Chouji, bem no meio da crítica para aqueles que queimavam as carnes, comeu um pedaço de carne da grelha que ainda não parecia nada perto de assada.

Chouji tinha a tendência de comer carne quando estava ainda muito perto de crua. Shikamaru pensava que era melhor grelhar a carne um pouco mais.

Seu pedaço na grelha parecia estar quase pronto para comer. Assim que Shikamaru estendeu a mão com seus pauzinhos, sua carne foi arrancada diante de seus olhos.
 


Chouji. Ele pegou o pedaço e enfiou-o na boca com um grande som de felicidade.

"Essa era... minha carne..."

"Huh? Ohhhh, desculpe Shikamaru. Eu vi que estava pronta para comer, e antes que eu percebesse, minhas mãos só..." Chouji parecia desculpar-se quando percebeu que ele pegou a carne errada.

"Ah, bem, está tudo bem. Ainda há muito mais carne para comer, afinal de contas."

Assim dizendo, Shikamaru colocar outro pedaço de carne na grelha. Ele se virou para Chouji com um largo sorriso, e disse:

"Afinal de contas, melhor você comê-lo a tê-lo queimado, certo?"
 


Chouji sorriu de volta para seu amigo, e depois voltou seu foco para mastigar a carne em sua boca, acrescentando um pouco de arroz também.

"Esta carne é muito boa." Ele murmurou enquanto mastigava.
 


Shikamaru ficou olhando, querendo saber se Chouji tinha notado o momento desprezível em que fez aquele comentário.

"Usar uma grelha movida a carvão é realmente difícil para amadores." Continuou Chouji. "Então, quando se trata de cozinhar e comer um monte de carne ao mesmo tempo, grelhadores a gás são os melhores. Eles realmente escolheram um ótimo método para assar bem a carne."

Yup, Chouji era alegremente ignorante. Seu comentário tinha sido sobre o método de cozimento da carne ser bom.

Enquanto Chouji falava, ele continuava devorando mais arroz, também. Ah, cara, a este ritmo a tigela iria ficar vazia em segundos.

Shikamaru de alguma forma conseguiu acenar para um trabalhador do restaurante no caos e pedir outra porção de arroz.
 


A coisa sobre o grande apetite de Chouji era que sentia bem vê-lo comer. Observá-lo comer de alguma forma fazia Shikamaru se sentir cheio também, mesmo que ele não tivesse comido tanto assim, e até mesmo teve a sua própria carne roubada bem debaixo de seu nariz.

Era por isso que Shikamaru de alguma maneira sempre se encontrava desnecessariamente se intrometendo para se certificar que Chouji comia bem. No final, ele empurrou o segundo pedaço de carne que ele ia colocar na grelha na direção de Chouji também.

Chouji manuseava seus pauzinhos com habilidade assustadora, e a carne desapareceu em um piscar de olhos. Uma por uma, fileiras de carne mal preparadas todas desapareceram nas entranhas da boca de Chouji.


Chouji parecia incrivelmente feliz depois de comer tanta carne. Acima de tudo, de alguma forma ele tinha recentemente começado a parecer digno enquanto come também.

Carne, arroz, carne, arroz, carne, arroz, carne, carne, carne... Chouji continuou comendo sem parar, e enquanto Shikamaru assistia ao espetáculo, concluiu que a nova impressão de dignidade era por causa do cavanhaque de Chouji.

Ultimamente, a aparência geral de Chouji tinha mudado um pouco.
 
 


 A primeira coisa que chamava a atenção das pessoas quando olhavam para ele era o cavanhaque. Não cresceu de forma absurdamente longa também, mas era mantida agradavelmente curta e bem cuidada. Isso não era tudo. O cabelo de Chouji tinha sido cortado um pouco mais curto. Ele dava a sua aparência geral um olhar limpo, arrumado, e composto. 

Não havia nenhuma dúvida sobre isso. Era o cavanhaque. Quando você juntava isso com seu cabelo e as outras diferenças em sua aparência, em seguida, Chouji parecia um adulto respeitado, até mesmo para Shikamaru que o conhecia há anos. Era por isso que havia uma nova dignidade à forma como Chouji parecia quando comia também. 

"Talvez eu devesse deixar crescer um cavanhaque também..." Shikamaru murmurou enquanto se inclinava contra o encosto da sua cadeira.

"Eh? Porquê você iria querer fazer isso?" Chouji momentaneamente ergueu os olhos de seu comer frenético.

Por mais que ele parecesse como se tivesse se perdido em sua comida, Chouji sempre ouvia atentamente quando Shikamaru estava falando. Shikamaru reconheceu esse fato, e continuou falando.

"Ao contrário de você, eu pareço como se não tivesse mudado em nada desde que era uma criança, não é?", Disse Shikamaru, tocando o rabo de cavalo no topo de sua cabeça.
 


Shikamaru tinha sempre mantido seu cabelo assim, desde que ele era criança. Era um rabo de cavalo simples, seus longos cabelos juntos e amarrados acima de sua cabeça. Não era que ele estava determinado a manter seu cabelo assim ou qualquer outra coisa. Era só que para alguém tão inerentemente preguiçoso como Shikamaru, esta era a maneira mais fácil de lidar com seu cabelo.

Se você tivesse que dizer que ele estava determinado a fazer algo, então provavelmente seria que ele estava determinado a manter seu cabelo e roupas tão simples e fácil quanto possível.

Mas então, não era como ele estivesse determinado a lutar para manter as coisas fáceis até o amargo fim, ou qualquer coisa assim. Então você não poderia realmente dizer que era porque ele estava determinado para que as coisas sejam fáceis, também. acabou desse jeito porque ele realmente não se importava.


Shikamaru não entendia as pessoas que faziam esforços ridículos para mudar a maneira como eles pareciam, o tipo que passava por tantos problemas para escolher cuidadosamente as suas roupase fazer-se superior.

Ele pensava que os melhores tipos de roupas eram aquelas que você poderia descuidadamente vestir em qualquer lugar, a qualquer hora, do tipo que permitem que você confortavelmente assistia nuvens ou tire um cochilo.

Quando ele era criança, Shikamaru costumava pensar "se eu pudesse, eu gostaria de passar todos os dias apenas sentado na frente do fogo observando as chamas".

Um garoto como esse era claramente diferente daqueles que se preocupavam com o que o mundo ou a sociedade em geral pensava deles. Por isso, não é surpreendente que ele normalmente não se preocupava com seu cabelo ou roupa.

Mas, vendo o seu melhor amigo de muitos anos de repente parecendo um adulto tão digno deu a Shikamaru algo para se pensar.


Shikamaru tinha sido feito chuunin muito cedo, e da mesma forma se envolveu com um monte de trabalhos a ver com a administração da aldeia. Por exemplo, ele tinha sido feito supervisionador dos exames chuunin, e isso o fez assistir a uma série de reuniões sobre eles, aldeia e outras coisas, e em cada uma dessas reuniões, ele naturalmente era cercado por pessoas que eram mais velhas que ele.

Desde que ele se viu encarregado de tarefas como essa, Shikamaru muitas vezes encontrou-se pensando "olhe para isso como um adulto",  "seja composto como um adulto" ou "você tem que ser firme na sua atitude, como um adulto deveria".

Shikamaru já possuía todas as características possíveis associadas a "comportar-se como um adulto", mas, neste momento, de repente, ocorreu-lhe de comparar si mesmo, que não havia mudado nem um pouco na aparência desde que ele era jovem, com Chouji, de aparência madura, na frente dele. E que resultou no comentário de Shikamaru sobre obter um cavanhaque. 

"As pessoas sempre me dizem 'você não mudou, afinal' quando me vêem..." Shikamaru resmungou reclamando, ainda comendo.

Chouji olhou para cima e inclinou a cabeça em confusão.

"Mas, quando dizem isso, provavelmente querem dizer do seu cabelo não é?" Chouji fez uma pausa, olhando para seu prato vazio." Ah, Obachan¹, mais uma porção por favor!"

Depois de gitar seu pedido, Chouji limpou a boca, e olhou para Shikamaru. "Se você me perguntar, você mudou muito desde os velhos tempos."

"Sério?", Perguntou Shikamaru. "Eu pareço um adulto?"


"Sim. Talvez seja porque você veio de tantas importantes reuniões da União Shinobi. Em comparação com o antigo você, seu rosto mudou realmente. Eu acho que você está muito mais firme e competente agora. Sou eu quem está dizendo isso, então não pode estar errado."

Chouji lhe deu uma enorme aprovação.

"Ah, agora que você mencionou, um monte de gente me diz que eu pareço com meu velho."

Talvez o próprio Shikamaru não tinha notado isso porque ele via seu rosto no espelho todos os dias.

Mas ainda assim, ele não podia evitar de pensar que se ele tivesse um cavanhaque ele pareceria mais digno...

Shikamaru colocou a mão no queixo atualmente raspado e continuou pensando sobre o assunto. Enquanto fazia isso, a carne do pedido de Chouji apareceu.
 


Era um enorme prato, mas a maioria das pessoas ficariam surpresas ao ouvir que não era para eles dois. Esqueça o "dois", uma porção que mal era o suficiente para Chouji. Isso costuma surpreender as pessoas também. Mas então, ambos os trabalhadores e clientes regulares daqui estavam acostumados com os hábitos alimentares de Chouji por enquanto, assim ninguém se surpreenderia. 

Quando todos nós viemos aqui pela primeira vez, pedimos esta enorme porção também, não pedimos... 

Os pensamentos de Shikamaru voltaram para o tempo logo depois que ele havia se tornado um genin.

Seu time teve que comemorar aqui quando a primeira missão deles tinha terminado com segurança também.

E depois disso, após o final de cada missão, eles usualmente vinham a este restaurante.

Os quatro deles comeriam nesta mesma mesa e Shikamaru sentaria neste mesmo lugar.

--------------------------------------------------
A companheira de equipe de Choji, Ino, estava gritando com ele.

"Hey ?!" Ela gritou: "Chouji, você comeu minha carne!"

"Cale a boca..." Shikamaru resmungou para o barulho que ela estava fazendo.

Foi um erro. Ino imediatamente se virou para encará-lo. "O que quer dizer com calar a boca? É a minha carne! Então está dizendo que você vai preparar a carne?"

Agora ele se tornou um alvo. Isso era ultrajante.


"O que é isso?" Shikamaru reclamou baixinho, colocando carne na grelha. "Por que eu sou o único que tem de cozinhar tudo de novo? Ugh, problemático... "

Por que as mulheres em geral são tão agressivas? Shikamaru pensava sobre o assunto enquanto virava a carne.

Para começar, havia a mulher mais próxima dele: sua mãe. Ela é ainda mais agressiva do que até mesmo as mulheres normais eram, até certo ponto anormal.

O que diabos havia feito seu velho olhar para uma mulher tão assustadora e pensar "Eu vou casar com ela"? Shikamaru absolutamente não conseguia entendê-lo.

"Isso deve ser o suficiente, certo?"
 


A carne estava praticamente preparada. Com o comentário de Shikamaru, Ino estendeu a mão com seus pauzinhos, um ar satisfeito em torno dela.

Mas a carne desapareceu de repente.

Não era um fenômeno sobrenatural. Era Chouji. Ino jogou seus pauzinhos e começou a gritar.

"De propósito, certo ?!" Ela gritou: "Você está fazendo isso de propósito!"

"Huh- Eu só vi a carne, então..." Chouji gaguejou.

"Não pense que você vai sair dessa fazendo comentários vagos!"
 


Ino pegou Chouji pela gola, ainda gritando. Desnorteado como ele era, Chouji ainda não tinha soltado sua bacia ou pauzinhos. Shikamaru resmungou que ele ia acabar grelhando a carne de novo de qualquer maneira, e começou a colocar mais carne na grelha.

Era a cena de costume de seu time. E então...

Havia era uma pessoa alegremente vigiando os três.

Asuma.
 

 -------------------------------------------------

Shikamaru voltou para o presente, e olhou para o lugar que Asuma uma vez usou para se sentar.

Shikamaru, Chouji, Ino, e Asuma. Os quatro deles costumavam vir a este restaurante depois de cada missão, e reunir em torno desta mesa.


No passado, Shikamaru tinha pensado que a vida ia sempre continuar assim.

Era absurdo imaginar todo mundo em um loop constante de juventude, mas de alguma forma o eu passado de Shikamaru ainda pensava dessa forma. Ele não tinha sido capaz de imaginar como seria quando crescesse.

Mas, o tempo passou, apesar de tudo isso.

Ino tinha se tornado mais feminina. O apetite de Chouji não tinha mudado, mas ele deixou a barba crescer. Mesmo Shikamaru tinha mudado antes que ele percebesse. E Asuma... não estava mais aqui.

Os quatro deles não poderiam estar juntos novamente.
 


Este restaurante, este assento, tudo estava profundamente tingido com as memórias daqueles tempos felizes que Shikamaru não poderia voltar para.

Era porque ele não queria esquecer essas memórias que Shikamaru continuava parando no restaurante, mesmo agora.

Quando Shikamaru estava rodeado pela fragrância familiar de carne assando, ele poderia cair na alucinação onde aquele mesmo cheiro do tabaco estava no ar também.

Asuma tinha sido um adulto.

O cavanhaque sempre cheirava a tabaco de todos os seus incontáveis cigarros. Não importa qual a situação era, ele tinha sido sempre calmo. Calmo e descontraído.
 


Asuma tinha ido em muitas viagens quando era jovem, então ele tinha um monte de conhecimento, e sua habilidade como um shinobi era ainda maior. Ele era como um pai, e ele era como um irmão mais velho. Sempre tinha levado Shikamaru e o time para comer carne.

Pensando sobre isso, ele sempre lentamente empalidecia diante da voracidade do Chouji, e remexia freneticamente em sua carteira para se certificar de que ele tinha o suficiente.

Agora, Shikamaru e o restante pagavam as suas refeições com suas próprias carteiras, com o dinheiro que eles tinham ganho por eles mesmos.
 


Shikamaru perguntava a si mesmo se tinha sido capaz de se tornar um adulto que fosse ao menos um pouco como Asuma.

Shikamaru pegou o menu, virando as páginas e calculando o quanto ficaria a sua conta e a de Chouji . Seria muito caro lidar com ela. Se eles a dividissem, então ele poderia confortavelmente pagar.
 


Oh, cara, eu deveria comer um pouco mais enquanto eu posso... 

Shikamaru olhou para a velocidade de Chouji ferozmente comendo, e estendeu a mão para pegar um pouco de carne para ele.

"...Chomp, chomp, chomp... Obachan, outra porção!" Chouji gritou, a boca cheia de chomp- não, er, carne bovina.

Chouji eventualmente parou de comer, por enquanto, pelo menos. Ele parecia satisfeito, engolindo uma xícara de chá oolong de uma só vez. Quando ele estava certo de que Chouji tinha começado a respirar novamente, Shikamaru falou.

"Então, sobre o que estávamos falando antes, o que você vai fazer?"

"Huh? Sobremesa?"
 


Nós nunca conversamos sobre sobremesa, Chouji, nem uma vez. 

 "...Sobre os presentes de casamento de Naruto e Hinata ."

"Ohh, sim, isso."

Shikamaru suspirou. Chouji tinha esquecido?

Em primeiro lugar, Shikamaru tinha ido às ruas com a intenção de comprar um presente de casamento. Ele esbarrou em Chouji por acaso, e, em seguida, eles tinham começado a falar sobre o que deveriam dar.

Shikamaru ainda estava indeciso sobre o que ele iria dar como um presente. Afinal, ele tinha que pensar em algo que tanto Naruto quanto Hinata ficariam felizes com, e ele estava sem ideias.


Shikamaru não era inexperiente apenas com presentes de casamento, ele era alheio para a prática de dar presentes em geral.

Nesse caso, seria melhor para ele falar com alguém que não negligencie frivolidades sociais como essa. E enquanto ele estiver nisso, seria melhor ouvir a opinião de uma mulher. Assim, Shikamaru tinha ido visitar Ino.

Flores Yamanaka. Esse era o nome da loja que a família de Ino administrava.

Quando Shikamaru foi falar com ela sobre o assunto, Ino começou imediatamente a vangloriar que ela já tinha decidido seu presente. Como se esperaria de Ino. Ela era muito bem informada quando se tratava das últimas tendências e modas.


Como era de se esperar de um companheiro da minha equipe, Shikamaru pensou, e sentiu-se aliviado. 

"Se for esse o caso, então ficará tudo bem se eu comprar alguma coisa da mesma loja como você." Ele disse a Ino. "Você pode me dizer onde ela fica?"

"Eh? Você não pode copiar a loja. Esqueça."

E assim, apesar de serem companheiros que tinham enfrentado batalhas mortais juntos, Shikamaru foi imediatamente abandonado.

Depois disso...
 


"Eu desisto..." Shikamaru resmungara enquanto vagava por aí, examinando as lojas da vila. Ele esbarrou em Chouji em um dos cruzamentos, e se viu onde ele estava agora, no Yakiniku Q.

Mas, aparentemente, Chouji tinha esquecido toda a história na sua loucura pela carne. Mesmo agora, ele estava tomando um sorvete. Quando Chouji ordenou sorvete? Shikamaru nem sequer tentou descobrir isso. Havia algumas coisas sobre Chouji que estavam além da compreensão.

Honestamente, quando se tratava do assunto de encontrar um presente de casamento, a opinião de Chouji talvez não fosse ser tão confiável quanto a de Ino.

No entanto, enquanto Shikamaru estava preocupado com o presente de casamento, Chouji estava perfeitamente à vontade.
 


"Na verdade, eu mais ou menos decidi..."

A resposta de Chouji foi tão inesperada que Shikamaru pulou em seu assento.

"Você realmente decidiu?! O que você vai dar para eles?"

"Sim." Disse Chouji, tirando para fora um pedaço fino e retangular de papel. "Estou pensando em dar isso a eles."

Chouji deslizou o item sobre a mesa, e Shikamaru o pegou para que ele não se molhasse.

"Isto é..."

Shikamaru não podia acreditar em seus olhos. Era um bilhete para uma refeição gratuita a um dos restaurantes Ryotei² mais caros de Konoha.

"Os jovens adultos como nós normalmente não vão a lugares como esse", disse Chouji, com um sorriso. "Mas já que é um presente de casamento, dá certo."
 


Era exatamente como Chouji disse. Este restaurante era extremamente formal e extremamente caro, por isso muitos jovens não costumam ir lá. Mas um ingresso para uma refeição gratuita lá, como presente de casamento, era uma coisa puramente brilhante.

Era uma chance para o casal ir a algum lugar que eles não vão frequentemente, e era um presente de casamento planejado que ambos iriam gostar. Não poderia haver outro presente de casamento tão planejado como esse.

Mas, embora possa ter sido um presente de casamento incrível, como poderia Chouji tão facilmente desistido de uma refeição, e uma de classe alta, para isso?


Chouji, você é realmente o mesmo cara que eu conheci...? Você realmente se tornou muito mais adulto do que eu jamais teria percebido.

Shikamaru encarava alternadamente o bilhete elegante em suas mãos, e depois para o rosto de Chouji enquanto ele alegremente tomava o sorvete. Ele estava pasmo.

Chouji continuou comendo seu sorvete sem estar consciente do olhar de seu amigo. Pouco tempo depois, ele começou uma segunda tigela.

"Além disso, ela veio nesse bom momento", disse Chouji enquanto ele lambia. "Aquela refeição para três..."

No começo, Shikamaru não entendeu o significado por trás do que Chouji tinha dito. Um momento se passou, e finalmente compreendeu. Suor apareceu na testa de Shikamaru.

"Você não poderia possivelmente..." Shikamaru perguntou humildemente, sentindo-se chocado por uma razão completamente diferente. "Você não vai... comer... com eles...?"
 


Chouji ergueu os olhos de seu sorvete com uma grande risada. "De jeito nenhum. Mesmo que seja eu, eu não estou prestes a invadir uma refeição entre dois recém-casados".

"Ce- certo... sim, isso seria...".

"Eu vou pedir um favor para o proprietário, e comer em uma mesa separada."

"... Sério?"

Sem pensar, Shikamaru olhou para o teto. O ventilador de teto girava sem parar, como sempre.
 


 -------------------------------------------------

O ventilador de teto que continuou a girar de forma constante em silêncio. Chouji, que continuou a silenciosamente, mais determinadamente comer seu sorvete.

Logo, a hora do almoço tinha passado, e os clientes no restaurante eram poucos. A paz tinha voltado novamente para Yakiniku Q.

Ouvir o som fraco do ventilador de teto girando na loja agora tranquila, Shikamaru continuou se preocupando por ele mesmo.

Uma refeição gratuita de classe alta.

Esse era o presente que Chouji tinha preparado. Definitivamente não tinha nenhum lado negativo nele.

Mas...


Enquanto ele não poderia ter tido seu lado negativo, por que no mundo era para três pessoas? Esse restaurante ryotei deveria ter pensado no quão frequentemente casais gostariam de ir e ficar sozinhos, amantes sem interrupções. Tinha aquele ryotei nada de senso comum? Se fossem três pessoas, então é claro que Chouji iria acabar indo...!

Shikamaru, por dentro, criticava as políticas de um restaurante que ele nunca tinha estado antes com um olhar azedo em seu rosto.

Sua mente imaginou Naruto e Hinata ficando vestidos para a oportunidade incomum de comer em um restaurante ryotei de classe alta.

E, então, no banco atrás deles. Chouji. Pedindo uma segunda porção de comida enquanto ele os observava atentamente.

... Aquilo ia realmente dar certo...?
 


Não, agora mesmo, Chouji estava bem como estava. De certa forma, era um presente bem a cara de Chouji. Neste momento, o maior problema era o próprio Shikamaru, que ainda não tinha pensado em nada. Ele tinha que dedicar o seu pensamento em ter alguma ideia.

Shikamaru se endireitou em seu assento, e silenciosamente fechou os olhos.

Sempre que Shikamaru estava pensando profundamente sobre algo –por exemplo, no seu próximo passo no seu jogo favorito de shougi³, ou em uma estratégia complicada no meio de uma de missão– ele tinha o hábito de sentar-se de determinada maneira enquanto pensava. Ele não intencionalmente tentava ficar naquela posição. Acontecia naturalmente. Era a posição em que ele conseguia pensar melhor.
 


Assim sendo, ninguém teria jamais esperado que Shikamaru acabaria recorrendo à sua posição de pensamento no meio de Yakiniku Q. Ele mesmo não tinha jamais esperado que as coisas iriam chegar a isso.

Shikamaru organizou seus pensamentos dentro de sua cabeça. Algo que seria adequado como presente de casamento... várias possibilidades e opções flutuavam através de sua mente.

Em primeiro lugar, seria melhor se o presente fosse algo prático e útil. Utensílios de cozinha, ou panelas. Um bom presente seria algo que o casal ainda não possuía.

Louças eram popular ultimamente, não eram? Tigelas combinando para um casal usar eram uma boa opção
possível.

Relógios talvez, ou uma moldura para as fotos do casamento também. Eles pareciam corresponder ao padrão. Presentes que poderiam servir como memórias felizes de seu casamento eram bons. Mas eles também tinham que ser presentes que prenderiam o interesse de ambos.

De qualquer maneira, ele não poderia comprar o mesmo presente que outra pessoa. Afinal, Ino fez um escândalo sobre conseguir algo
até mesmo da mesma loja, então obter o mesmo presente que alguém seria logicamente tão ruim quanto, se não pior.

O casamento era em breve, então talvez dar um grande buquê iria funcionar como um presente? À sua maneira, era uma coisa bem do tipo "presentes de casamento".
 
 


Havia também a opção de dá-los comidas. Ingredientes de alta classe, como doces ou chá, estes seriam felizmente recebidos, não? Mas, então, parece que isso iria acabar sendo semelhante ao presente de Chouji, a refeição de alta classe.

Mas não, honestamente, seria bom se ele acabasse dando-lhes um vale-presente de qualquer tipo como o de Chouji, não seria? Ele poderia ganhar um vale-presente em um grande armazém. Ele só teria que comprar o suficiente de coisas que gostava, e seria fácil escolher coisas que ele gostava... Mas então como é que ele pagaria a compra do suficiente para ganhar um vale-presente... Dinheiro era... dinheiro...

Shikamaru abriu os olhos lentamente. Chouji ainda estava tomando sorvete.


O que fazer...

No final, uma palavra veio para flutuar de forma pragmática na sua mente: dinheiro.

Era um bom lado para se concentrar. Ao invés de dar ao casal algo que não iriam usar, ou algo que era semelhante ao presente de outra pessoa, era muito melhor lhes dar dinheiro para gastar em qualquer coisa que quisessem.

Mas, em seguida, havia o pensamento de como seria se todo mundo desse a Naruto e Hinata presentes, e em seguida, Shikamaru só ia tipo "aqui está" com um envelope de dinheiro.
 


Já que sou eu, então eles provavelmente pensarão que eu achei que comprar um presente era muito problemático, e recori a dar dinheiro por preguiça, não pensarão...? 

Ele estava preocupado com essa possibilidade.

Na realidade, era provável que ninguém pensaria em tal coisa. Mas, honestamente, dar dinheiro era uma escolha de presente incrivelmente monótona. Parecia que não tinha nenhuma sinceridade.

Estaria tudo bem em dá-lo a alguém que eu mal conhecia, mas para eles... não ficaria bem, não é?

Shikamaru ainda estava se preocupando sem parar. Da mesma forma, Chouji ainda estava comendo sem parar.

"Você comeu um monte." Shikamaru repentinamente notou as inúmeras taças de sorvete amontoadas na frente de Chouji. "Você não sente frio, afinal?"
 


"É uma sensação agradável e fresca depois de comer todo aquele churrasco quente. Além disso, eu sou o tipo de cara que viajaria no País da Neve e ainda assim iria e compraria sorvete para tomar. Meu apetite não perde para o frio". Chouji sorriu para seu amigo, e quando ele terminou sua última taça, finalmente parecia contente. "Gochisousama4." 

Espere. Espere um minuto. Agora. Agora mesmo, algo tinha brilhado dentro da cabeça de Shikamaru.

"Chouji... o que foi que você disse?"

"Huh? Bem, eu disse gochisousama... "

"Não. Antes disso. Sobre viajar no País da Neve."

 
"Ah, sim, eu disse que eu ainda comeria sorvete mesmo se eu estivesse viajando no País da Neve. Mas você sabe que eu estava apenas dando um exemplo?"

"É isso." Shikamaru parecia encantado enquanto apontava para Chouji. "Viajar. Uma viagem. Isso é bom, não é? Uma viagem para a lua de mel...!"
 


 ----------------------------------------------
Shikamaru e Chouji deixaram Yakiniku Q sem qualquer próximo destino específico em mente. Eles estavam apenas andando por aí sem rumo. Não importava se eles tinham ou não um objetivo em mente. Shikamaru estava finalmente livre de suas preocupações sobre o que presentear.

"Entendi, você vai dar para Hinata e Naruto uma viagem de lua de mel como um presente, certo?"

"Sim, Chouji. Graças a você, eu finalmente pensei em uma boa idéia."

Agora, tudo que Shikamaru tinha que fazer era escolher o destino. Então, ir e dar uma olhada para garantir que tudo era de boa qualidade.

Ah. Ele ia ter que pedir a opinião de uma mulher de novo, não ia?


Onde ele seria capaz de encontrar Ino? De acordo com o que ela disse quando ele a visitou anteriormente, sobre pensar em um presente, ela provavelmente estaria em seu caminho para comprar seu presente de casamento...

Enquanto ele e Chouji caminhavam, Shikamaru começou a olhar para as vitrines.

"Você está procurando alguém, Shikamaru? Eu posso ajudar."

"Sim, eu preciso ouvir a opinião de uma mulher. Ino o faria se ela estivesse por perto".

Dito isto, Konoha era uma cidade enorme.


O fato de que Shikamaru e Chouji tivessem conseguido se encontrar enquanto apenas andavam por aí, sem o mesmo destino em mente, tinha sido uma grande coincidência. Se eles agora conseguissem esbarrar em Ino, então seria uma coincidência atrás da outra, para toda a combinação do Time 10, o Ino-Shika-Chou, ser reunida em um só local.

As chances de eles esbarrando um no outro sem qualquer comunicação prévia eram, obviamente, praticamente zero até nenhuma. Mesmo se uma reunião tão coincidente de amigos tivesse acontecido em uma peça de ficção ou filme, o público teria criticado severamente, chamando de uma série de coincidências impossíveis.
 


Assim que Shikamaru pensou isso, Chouji soltou um murmúrio.

"Oh, olha quem está aqui."


"Você está de brincadeira comigo, ?!" A voz de Shikamaru aumentou a um volume histérico em sua surpresa.

A realidade era de fato uma coisa incrível. Coincidências surpreendentes que pareciam sair de romances, como colegas de equipe se reunindo aleatoriamente, acontecia o tempo todo.

No entanto, a visão que saudou Shikamaru depois que ele deixou escapar o grito de surpresa foi uma coincidência que iria atordoá-lo ainda mais.
 
 


A linha de visão de Shikamaru o deixou olhando para a parte de trás da cabeça de uma mulher. Seu cabelo não chegava até os joelhos como o de sua companheira de equipe. O cabelo desta mulher era um pouco curto, e amarrado dos dois lados. Ela era uma pessoa completamente diferente, e a visão dela fez os olhos de Shikamaru arregalarem contra sua vontade.

A mulher na frente deles era um jounin da vila aliada de Konoha, Sunagakure... Temari.
 


Muitas pessoas estavam sempre indo e vindo de Konoha, e não apenas shinobi de outras aldeias como Temari. Havia shinobi vindo para receber missões, shinobi retornando de missões, clientes que deram missões, e uma grande variedade de outras pessoas. Havia um fluxo contínuo de visitantes indo e vindo.

Claro, isso não significa que qualquer um podia entrar. Aqueles às portas da vila sempre mantinham os olhos abertos procurando pessoas suspeitas ou objetos perigosos, inspecionando e questionando os visitantes.
 


Temari, por exemplo, era uma kunoichi de outra aldeia que carregava um grande tessen nas costas. Era sua arma escolhida preferida, um leque de guerra que a deixava criar uma rajada de vento devastadora com um balanço.

Mas, perigosa como sua arma, Temari era uma kunoichi de uma vila aliada, e houveram anos de confiança e de cooperação entre ela e Konoha, então lhe foi dada naturalmente uma autorização para trazer seu tessen dentro dos limites da cidade. Ela também passou facilmente através da entrevista para obter um passe de visitante, que tinha sido emitido há muito tempo.


Essa mesma Temari agora se virou por causa do grito surpreso de Shikamaru , e notou os dois. Seus olhos encontraram os de Shikamaru.

"O que, então foi você quem gritou. O que está fazendo?"


Shikamaru tinha soltado tal grito histérico porque ele tinha sido surpreendido com a coincidência de Chouji supostamente encontrar Ino.

Agora, ele fez o seu melhor para responder a pergunta de Temari em tom sereno e calmo, apesar de como o interior de seu coração parecesse estar tremelicando.

"O-oh sim. Nós só estávamos almoçando e depois... bem, deixando isso de lado, o que você...?"

"Eu estou andando por aí para dar minhas saudações antes das reuniões do Exame Chuunin."

"Exames Chuunin? Nós ainda temos um longo caminho pela frente até que eles comecem, não é?"

"Bem, você poderia dizer que este ano nós estamos tendo reuniões sobre as reuniões." Temari deu um sorriso irônico. Ela tinha um monte de tarefas problemáticas para realizar.
 


Temari era a filha do Yondaime Kazekage, e irmã mais velha do atual Godaime Kazekage. Ela era uma pessoa astuta e competente que ajudava seu irmão mais novo com suas florescentes atividades de diplomacia com outras aldeias. Como hoje, ela casualmente ia e vinha para Konoha para participar de reuniões de planejamento dos exames Chuunin. 

Shikamaru foi um pouco mais perto de Chouji, de modo que Temari não conseguisse ouvir, e sussurrou em seu ouvido.

"Ei, Chouji! Por que você foi e disse 'olha quem está aqui'? Eu pensei que era definitivamente Ino então eu acabei..."

"Mas você disse 'opinião de uma mulher', por isso não faz diferença nenhuma, certo...?"

"I-isso é tecnicamente verdade, mas..." Shikamaru olhou para Temari.
 


Temari era a melhor usuária de vento em Sunagakure. Não, ela era provavelmente a melhor usuária de vento de todo o mundo dos shinobi, ou se não, segunda. Ela se destacava por suas realizações de diplomacia e educação de shinobi em áreas não-combatentes, mas sua personalidade era militante. Ela era audaciosa e corajosa no coração, e geralmente adequada para o campo de batalha com a sua atitude beligerante. 

Era provavelmente por causa de sua personalidade ser assim que ela ia tão bem na política, mas estaria realmente bem em perguntar para Temari, uma mulher que despertava vendaval após vendaval para acabar com inimigos no campo de batalha, a sua opinião sobre uma lua de mel para Naruto e Hinata? Sua personalidade era completamente diferente da de Hinata. 

Temari era de temperamento forte e constantemente cuidava dos outros, e ambas essas qualidades faziam dela o mesmo tipo de mulher que a mãe de Shikamaru. Não era provável que ela iria pensar em algo que alguém manso como Hinata gostaria.

Assim sendo, a personalidade de Ino era diferente da de Hinata também. Mas, Ino foi a colega de classe de Naruto e Hinata desde a infância, então consultá-la parecia mais fácil.

Ino provavelmente ficaria feliz em dar um conselho sobre
a lua de mel de Naruto e Hinata. Ela era o tipo que apontava as mais recentes tendências e tudo mais. 

Mas a reação de Temari ao pedido de conselho, aquilo era algo que Shikamaru não conseguia imaginar. 

"O que, uma lua de mel?" Temari disse com desprezo, seus olhos perdendo seu calor. "Você com certeza está me perguntando sobre algo trivial." 

Essa era a única reação que vinha à mente de Shikamaru.

"Para quê vocês dois estão se esgueirando?" Temari tinha um olhar de dúvida em seu rosto. "Vocês parecem suspeitos."

Ele tinha que rapidamente, de alguma forma, consertar a situação, mas-

"Shikamaru quer lhe perguntar sobre uma coisa."

Mas Chouji agiu primeiro.

"Bem... você..." Shikamaru ficou afobado enquanto Temari virava seu olhar para ele.

Ele não poderia dizer algo como "seria irracional de mim se eu lhe perguntar sobre o planejamento de uma lua de mel, certo?". Não havia escolha senão ser franco sobre isso.
 


"Bem, isso é, eu quero dizer..." Ele continuou gaguejando.

Por alguma razão, ele ficou tenso. Shikamaru sentiu-se estranhamente envergonhado. Ele não conseguia nem olhar Temari nos olhos. Finalmente, ele deixou escapar:

"... Eu estive pensando sobre isso, mas, para uma lua de mel, onde você acha que é melhor?"

"Eh ?!" Temari deixou escapar um som de choque.
 


"O quê foi?!" Surpreendeu-se com a reação dela, Shikamaru conseguia olhar em seu rosto agora, encarando.

"Você- is- lu- lua de mel... ?!"

Temari não iria olhar para ele.

Viu, ele estava certo, afinal, perguntar para ela era rude e ofensivo. Claro que Temari seria perturbada se ele lhe pedisse para ajudar com a escolha do
presente de casamento de Naruto e Hinata. Mesmo Shikamaru tinha tido problemas com ele, e Naruto era seu colega de classe... 

Ugh, Chouji, você não deveria ter se intrometido. Shikamaru olhou para o homem com vários comentários relutantes em sua língua. Chouji fingiu não perceber e desviou o olhar para ver uma vitrine.

Enquanto olhava desagradavelmente na direção do homem, Shikamaru tentou mudar a situação.

O resultado final foi que o estrago já tinha sido feito, então era melhor ouvir a sua opinião.

"Desculpe." Shikamaru se desculpava. "Eu sei que é inesperado, mas eu quero saber o que pensa sobre isso."

"Po- por que perguntar sobre is- isso para mim?" Temari parecia incrivelmente confusa e perturbada. Era perfeitamente compreensível.
 


"Bem, eu acho que seja porque eu pensei que perguntar-lhe seria melhor..."

Bem, ele não poderia dizer "qualquer um serve contanto que seja uma mulher " quando ela parecia estar considerando isso seriamente. Seria incrivelmente rude. Mesmo Shikamaru sabia disso.

"Per-perguntar seria melhor..." Ela repetiu.

Por alguma razão, Temari estava olhando para baixo e desconfortavelmente inquieta. Shikamaru estava convencido de que era porque ela estava incomodada com a pergunta. Isso não era bom. A este ritmo, não haveria progresso. Seria melhor dar a sua opinião primeiro.



"Eu acho que seria bom relaxar em uma pousada com fontes termais, mas o que você acha? Não soa muito à moda antiga?"

"Eu... parece bom..."

"Tudo bem, ótimo. Estou feliz. Uma parada pelas fontes termais com boa comida é o melhor, huh."

Temari tinha aprovado a sua ideia. Shikamaru podia sentir toda a sua preocupação esvaindo. Ele esteve se preocupando toda a manhã, e agora ele finalmente deu um sorriso aliviado. Seria um presente de casamento ótimo para Naruto e Hinata.

Temari, por outro lado, parecia como se sua compostura tivesse sido perturbada.

"Não me diga que você ainda tem que tratar de alguns negócios...?" Ele perguntou.

Isso era provável. Temari tinha vindo aqui a negócios depois de tudo. Ela provavelmente estava incomodada porque ele a mantinha ocupada com esta conversa.

"Ah, não, eu acabei tudo por hoje... Eu estava prestes a ir para casa."


"...?"

Ela não tinha quaisquer tarefas para realizar, mas ela estava inquieta. Shikamaru inclinou a cabeça, confuso com a resposta dela. Temari estava agindo estranho hoje. O que poderia estar causando isso...?

"Seria melhor checar algumas pousadas mais tarde, certo?" Chouji sugeriu, e Shikamaru se puxou para fora desses pensamentos para se concentrar de volta no problema do presente.

"Isso é verdade." Shikamaru assentiu. "Seria melhor ir e dar uma boa olhada o mais rápido possível."

"Ainda é muito cedo, por isso até indo hoje mesmo iria dar certo, não?"

"Sim. Provavelmente seria melhor fazer isso".

"Então", Chouji disse, "Eu estou indo comer algumas castanhas doces, então vocês dois devem ir dar uma olhada."

"Eh?!" Shikamaru e Temari ambos exclamaram ao mesmo tempo.


Confuso, Shikamaru olhou para o amigo.

"Cho- Chouji...! O que quer dizer que você não está vindo com... ?!"

"Mmm, desculpe Shikamaru. Eu tenho que comer sobremesa após as refeições."

"Você acabou de comer!"

"Tenho um lugar separado para sobremesa."

"Eu estou dizendo a você, você acabou de comer sobremesa!"

Enquanto eles continuavam trocando respostas, Shikamaru olhou para Temari. Ela provavelmente estava zangada com o comportamento egoísta repentino de Chouji também, porque seu rosto estava lentamente ficando vermelho brilhante.
 


Oi, oi, oi5, esta não é hora para piadas. Chouji, mude de ideia. As mulheres não são feitas para ficar com raiva, vai sempre acabar se transformando em uma situação problemática, eu aprendi isso quando eu era criança! 

Shikamaru estava desesperadamente tentando comunicar estes fundamentos com os olhos, mas Chouji não mudava de ideia.

"Você estão verificando para uma lua de mel, então seria melhor se você dois fossem por si mesmos."

Chouji disse tal coisa com um sorriso largo.

Ele estava cheio de razão demais para Shikamaru argumentar contra. Qualquer um concordaria que faria mais sentido para um homem e uma mulher irem verificar uma pousada previamente, em vez de dois homens. Dessa forma, você tem o ponto de vista da noiva e do noivo.

Mas, agora, com Temari reagindo de maneiras que Shikamaru não entendia, e seu rosto parecendo vermelho brilhante que tinha que ser raiva, ir sozinho com ela seria...
 


Shikamaru sentiu seu rosto perdendo a cor.

"Bem, então, eu vejo vocês dois mais tarde." Disse Chouji, começando a andar. "Eu estou indo ."

"Ah..." No momento em que Shikamaru pôde fazer um som, já era tarde demais.

Chouji apenas olhou por cima do ombro para seu amigo, acenou com a mão, e depois desapareceu na multidão.

Shikamaru ficou completa e totalmente embasbacado.


Por quê Chouji...? Por que você quer tanto comer castanhas...? Mesmo que você tenha comido tudo aquilo de sorvete, por quê...? Será que o seu estômago não tem fim...? 

Aqueles eram os pensamentos fluindo através de sua mente dormente, atordoada.

Mesmo que as ruas de Konoha estivessem sempre movimentadas e ativas, o lugar onde Shikamaru e Temari estavam parecia estranhamente inativo. Era quase como se eles tivessem uma barreira ao redor deles. Ambos estavam envoltos em um silêncio denso.

Shikamaru estava assustado demais para olhar Temari nos olhos.

"Uh..." Sua boca se moveu contra sua vontade. "Como é que eu... o que você quer fazer...?"

Essas foram as palavras que saíram da boca dele.

Eu sou um idiota.

Mas, logo então...

Shikamaru sentiu um puxão brusco em sua manga.

"... Podemos ir." Temari disse calmamente, sem olhar para ele.
 


 --------------------------------------------------------------

Como a atmosfera ficou assim?

Em pouco tempo, Shikamaru e Temari tinham feito seus caminhos para onde a cidade termal de Konoha era.

No caminho, eles não tinham conversado muito.

Shikamaru tinha tentado começar uma conversa para ver como ela reagiria, mas as respostas de Temari tinham sido curtas e breves, e a atmosfera inquietante entre eles continuou.

Por que há uma tensão tão intrigante...?

 

Shikamaru desviou os olhos para a frente, para que ele não encontrasse com os olhos de Temari, sentindo o suor em sua testa. Ele tentou analisar objetiva e calmamente a situação.

Para começar, não era incomum para ele e Temari estarem sozinhos juntos. Pelo contrário, era comum. No passado, ele guiou-a ao redor da aldeia, e eles tinham ido às reuniões do trabalho juntos. Ele tinha mesmo ido fora de seu comportamento normal e chamou-a para um encontro.

Bem, ele disse encontro, mas no final eles haviam feito as mesmas coisas que faziam de costume, falando de coisas leves até que de alguma forma começaram a falar sobre o trabalho sem perceber. Mas, naquela época, as coisas não tinha estado nem perto do quão tenso estavam agora.


Pelo contrário, todo o dia de seu encontro não tinha sido ruim, afinal.

Apesar de tudo isso, por que as coisas estavam tão tensas hoje? Por que a atmosfera sentia tão tensa? Por que Temari não estava falando com ele?

Shikamaru desesperadamente quebrava a cabeça para achar respostas.

A causa mais provável era que, no fundo, Temari sentia-se farta de ser arrastada para coisas problemáticas. Ele havia perguntado a ela sobre seus planos para o resto do dia, e depois de dizer que ela não tinha nenhum, não havia nenhuma maneira para ela educadamente recusar a vir, então agora ela estava irritada com os problemas que ela teve que passar. Era por isso que as coisas estavam diferentes hoje. Era por isso que ela não estava falando muito.
 


Mas, se você olhasse para o começo de tudo, isso era tudo culpa de Chouji. Chouji e seu súbito, inexplicável desejo de seu estômago por castanhas doces. E, além disso, era culpa de Chouji por trazer à tona a sugestão intrometida "seria melhor se vocês dois fossem por si mesmos" e, em seguida, desaparecer. Se ele não tivesse feito essas coisas, então neste momento ele e Shikamaru, ou apenas o próprio Shikamaru, estariam fazendo o "check up" em uma pousada aleatória. 

Eu nunca imaginei que iria acabar vindo aqui com Temari... 

Foi uma reviravolta de acontecimentos que ele nunca teria sido capaz de imaginar acontecendo nesta manhã. Ele nunca pensou que ele iria comer yakiniku com Chouji, e, em seguida, esbarrar em Temari, e depois acabar nesta situação.

Isso deve ter sido aquele ditado sobre como "shinobi devem olhar debaixo do embaixo", mas isso era algo que ninguém poderia ter imaginado. Poxa vida, o mundo estava além de previsão.

Enquanto Shikamaru ponderava, ele e Temari atravessavam uma ponte de madeira. Havia um rio fluindo abaixo dela, com uma leve camada de vapor saindo dele. Era o rio de uma fonte termal. Havia um cheiro ligeiramente enjoativo na água, meio que semelhante ao dos ovos. Era o sulfeto de hidrogênio que estava misturado na água da fonte termal.
 


A origem era o cinto vulcânico no qual Konoha estava localizada no topo. Uma boa quantidade de fontes termais estavam presentes nesta área, tanto que nos velhos tempos as fontes termais eram conhecidas como uma área de cura para shinobi feridos. Agora era um ponto turístico para atrair pessoas de dentro e fora da aldeia.

Eles estavam passando por um monte de tais turistas enquanto viajavam.
 


A maioria dos turistas geralmente estavam vestidos com yukata, com sandálias geta de madeira ou com sola de couro e roupas que tinham o nome da pousada ou instituto em que eles estavam se hospedando. Esse parecia ser o código de vestimenta geral da cidade. Era bom para visitar as fontes termais, ou apenas andar. 

Saúde e entretenimento. A cidade tinha, obviamente, desenvolvido através da combinação dessas duas coisas, e muitas outras que poderiam ser encontradas em pousadas. Restaurantes, centros de jogos, lojas de souvenirs e várias outras lojas estavam enfileiradas ao redor. Outra coisa agradável desta cidade seria apenas dar uma caminhada ao redor e visitar todas elas. 

Shikamaru e Temari tinham passado por um monte de tais lojas. A maioria das lojas tinham cestos de palha onde bolinhos de carne, que haviam sido cozinhados com o vapor das fontes termais, ficavam em fileiras, com aparência agradável e bonita. Lojas de souvenirs tinham postais e esculturas em madeira destinadas a turistas, junto com mercadorias shinobi. Aqui e ali, você conseguia ver sacos e garrafas que estavam recheados com depósitos minerais das fontes termais também. As fontes termais eram uma fonte de renda verdadeiramente valiosa para a cidade. 

Shikamaru estava à procura de uma pousada para verificar no meio de todos os estabelecimentos. O sol já estava se pondo no oeste, e em um curto espaço de tempo, a noite viera.

As lanternas na frente das lojas e edifícios começaram a acender, uma por uma. Suas luzes eram as únicas iluminações na cidade depois que escureceu, e a visão de todas aquelas lanternas iluminadas em meio à escuridão, e tufos de vapor que envolviam a cidade, era bastante impressionante.

"Isso é incrível..." Temari murmurou.


"Sim..." Shikamaru calmamente concordou. Então, ele se virou para ela. "...Ei, nós passamos toda a dificuldade para vir até aqui, então que tal nós darmos uma passada nas lojas da cidade?"

Temari finalmente havia falado por vontade própria quando ela comentou sobre a paisagem. O belo cenário da cidade parecia ter diminuído a tensão. Shikamaru queria tirar proveito disso e se livrar da tensão completamente. Eles haviam passado toda a dificuldade para vir aqui, depois de tudo. Não é como se eles estivessem prestes a ser punidos pelos céus por visitarem uma loja ou duas.

"Você está certo". Disse Temari, olhando
em volta. "Então... que tal essa loja?"


A loja que ela estava apontando para era pequena, com um cartaz que dizia "tiro ao alvo" na frente. Parecia o tipo de lugar que tinha três kunai de madeira para você jogar e atingir vários prêmios em prateleiras, e se você conseguir derrubar um prêmio, então você pode tê-lo.

"Tem certeza que está bem com isso?" Ele perguntou.

"Sim. Eu queria tentar esse tipo de coisa uma vez."
 


Eu realmente não entendo, mas parece que os espíritos dela estão de volta ao normal... 

Os olhos de Temari estavam brilhando enquanto ela abaixava-se sob a placa de madeira em frente à entrada da loja, e Shikamaru sentiu-se aliviado ao vê-la. Ele a seguiu para dentro.

O interior da loja estava surpreendentemente lotado.

Passando seu olho sobre os outros clientes, eles eram em sua maioria prováveis amantes, um monte de homens e mulheres jovens. Por alguma razão, Shikamaru não conseguia voltar a sua compostura habitual.

Temari havia pego a kunai de madeira e a jogado. Ela mal raspou o lado do prêmio-alvo, escapando para a escuridão atrás dele. Ela pegou uma outra, e atirou mais uma vez. Desta vez, sua mira foi bem pior, nem mesmo chegando perto.
 


"Hm?" Temari estava inclinando a cabeça, perplexa.

"Oi, oi, o que aconteceu?" Ele perguntou. "É raro você errar um alvo."

Esqueça jogar jogos de alvo, ambos Shikamaru e Temari manuseavam kunai em suas vidas diárias habituais. E, além disso, essas eram reais. Era impossível para ela errar duas vezes.

"Não, a questão é que elas são leves demais para jogar bem". Disse Temari, entregando a kunai de madeira para ele.
 


Ah, eu vejo que elas são leves demais. Muito diferentes das de sempre. Seria difícil jogar isso.   

Shikamaru entendeu no segundo em que sentiu o peso leve da kunai de madeira na sua mão.

"Mas, se esse é o problema", disse Shikamaru, manuseando a kunai de madeira, "Então, é só você encontrar o centro de gravidade e ajustar, você deve ser capaz de jogá-la, assim!"

Ele jogou a kunai de madeira. Ele jogou-a com muito mais força do que em sua kunai normal.

Ele errou completamente.

"Hm?"

Agora Shikamaru estava inclinando a cabeça, perplexo, também.

 -------------------------------------------------
Depois que o tiro ao alvo tinha terminado, os dois voltaram a procurar a pousada.

Temari estava carregando um pequeno daruma6, e uma outra igualmente pequena estatueta de gato7. Eles foram os dois únicos prêmios que Shikamaru tinha conseguido derrubar depois de várias tentativas pague-conforme-usa.

Mas pensar que depois de todas essas tentativas, apenas estes dois pequenos prêmios foram obtidos. Shikamaru não pôde deixar de sentir que aquele custo-efetividade da loja estava em questão.

Mas, Shikamaru ainda era um profissional. Jogar a kunai de madeira de novo e de novo o ajudou a se acostumar com o peso. Mesmo com toda a prática, essas kunai de madeira eram incrivelmente complicadas. Você não podia ter esperança de praticar o suficiente para atingir um grande prêmio sem pagar uma grande quantia de dinheiro também. Shikamaru tinha percebido isso muito rapidamente. Não, na verdade, você poderia gastar o tanto de dinheiro na prática que você quisesse, e provavelmente ainda seria impossível de acertar os grandes prêmios.
 


Shikamaru sentiu pena de todos os casais na loja que ele tinha visto, deixando escapar sons como "kyaa!" e "awww", enquanto eles miravam para prêmios que eles nunca seriam capazes de atingir.

Se elas apenas fossem um pouco mais pesadas... bem, para resumir, as kunai de madeira eram tão distantes de kunais reais que era quase impossível de derrubar qualquer coisa com elas.

Se possível, Shikamaru teria gostado de jogar uma kunai real.

No lojista.

Mas de qualquer forma, visto que ele não tinha permissão para usar uma kunai real, ele tinha pensado que seria melhor acertar o que podia, em vez de continuar a mirar para o impossível e ir embora sem nada.
 


"O que podia" seriam a pequena estatueta de gato e daruma. Eles eram os menores prêmios da loja. Suas perdas não eram qualquer grande golpe no estoque do lojista. O lojista realmente tinha uma estratégia brilhante.

"Desculpe..." Ele disse para Temari, "Eu não conseguiria outra coisa senão essas..."

Falando nisso, seria muito ruim se ele tivesse ficado tão acostumado a jogar uma leve kunai de madeira que sua mira com kunai reais fosse afetada.

"Heh, eles são do tamanho perfeito para levar de volta para casa." Temari respondeu com um sorriso.

Ela não estava sendo sarcástica. Aqueles eram os seus sentimentos verdadeiros. De vez em quando, Temari tinha vezes em que sorria inocentemente como agora.

"Estes serão ótimos souvenirs para meus irmãos." Ela disse.


Pensando bem, ela estava certa. O número de prêmios estava certo. Mas, isso trouxe à tona uma questão... entre Gaara e Kankurou, a quem seria dado o daruma e a quem seria dada a estatueta de gato? Ele não tinha certeza, mas de qualquer forma, seria algo para sorrir caso visse.

Temari sempre pensava em seus irmãos.

Temari estava sussurando algo sob sua respiração enquanto olhava para os prêmios em suas mãos. Parecia que ela estava de bom humor.

"Tudo bem então... devemos dar uma volta para escolher uma pousada, certo?" Disse Shikamaru. "Oh, que tal aqui?"

Shikamaru ficou parado, olhando acima, para uma pousada nas proximidades. Era magnificamente estruturada, com uma sensação muito histórica. As lanternas de papel brilhavam fracamente nas laterais dos seus portões parecendo como se estivessem dando uma recepção suave para os hóspedes. Parecia que eles tinham uma bela e grande lagoa também.


Do lado de fora, tudo parecia bom, mas o foco principal de sua visita eram as fontes termais e as refeições. Seria um problema se tudo apenas parecesse decente, mas fosse na realidade de qualidade.

"Yup, melhor entrar e dar uma olhada." Shikamaru balançou a cabeça. Apenas uma análise geral rápida seria suficiente.

Ele se virou para ir para a pousada, mas naquele exato momento, os passos de Temari pararam.

"O que há de errado?" Ele olhou por cima do ombro para ver como ela estava.

"Ah- bem- depois de tudo- como dizer isso..." Temari estava olhando para baixo e inquieta.

Mais uma vez? Justamente quando ele pensou que a Temari de sempre tinha retornado. O que raios estava acontecendo?

"Então, é só que- no final- eu não estou ainda- eu não estou mentalmente preparada..." Ela murmurou, não olhando para ele e mexendo com o daruma e a estatueta gato em suas mãos.

Mentalmente preparada? Para que?
 


Talvez ela se sentisse estranha na frente de um lugar com aparência tão extravagante?

Se um lugar de classe tão alta tivesse preços que eram muito altos para ele pagar, então é claro que Shikamaru iria desistir. Ele pensaria que era uma vergonha, mas ele o faria. Mas eles jamais saberiam sem entrar e verificar o lugar. Quer sua decisão seja ir em frente ou deixar de lado, ele ainda tinha que olhar os quartos e fontes termais. Ele não tinha nenhuma maneira de voltar atrás nisso. Ia ser um problema se eles apenas desistissem bem na frente das portas do lugar.


"Temari, por agora, que tal nós apenas entrarmos, e depois você pode pensar sobre isso. Ok?"

"Va- vai ser tarde demais para pensar, uma vez que entrar. Eu poderia ser levada pela atmosfera, então..."

"O que você quer dizer?!"

Ele definitivamente não conseguia entender o que Temari estava dizendo. Shikamaru não sabia o que fazer.

O que raios estava acontecendo? A atmosfera? Ela quis dizer a atmosfera à moda antiga da pousada? Ser levada? Varrida? Ela estava falando sobre a lagoa? Ele não entendia nada.

No entanto, ele sabia uma coisa de fato:
 
 


Definitivamente há algo de errado com Temari hoje. 

Shikamaru olhou atentamente para o rosto de Temari, olhando como se ele estivesse a revistando. Temari apressadamente olhou para longe de seu olhar. Enquanto o fazia, seu rosto ficava vermelho brilhante.
 

"Você..." Shikamaru disse lentamente. "Não me diga que você..."

Ele colocou a mão na testa de Temari. Ela soltou um som assustado, todo o seu corpo tremendo com um sobressalto. Provavelmente era porque sua mão estava fria.


"Você está queimando, não é?" Ele perguntou.

A testa de Temari sentia um pouco quente. Mas, não se parecia com uma febre. Por outro lado, ela ficou vermelha até as orelhas.

"E-eu estou indo para casa, então..." Ela rigidamente disse, desajeitadamente afastando-se e virando para ir embora.
 


Ela estava claramente agindo completamente diferente do normal. Para a habitual cheia de vida Temari de repente ficar tão frágil, tinha que significar que enquanto ela pode não ter uma febre, há algo de errado com sua saúde. Não havia outra explicação.

"Oi, oi, me faça um favor e espere. Já está escuro lá fora, e se a sua condição física está ruim, então isso é mais uma razão para que você descanse aqui por apenas uma noite. Está bem. Vou arrumar rapidamente o futon para você".

Shikamaru tinha dito isso porque ele estava preocupado com a Temari, mas parecia que ele tinha dito algo que não deveria, porque Temari de repente começou a correr para longe dele com potência máxima.

Shikamaru olhou, perplexo, ao vê-la correndo a todo vapor.

Bem, pelo menos ela parecia bem de saúde depois de tudo. Mas espere, ele tinha que alcançá-la!

Shikamaru começou a correr também.
 


Ele tinha finalmente sido capaz de chegar até aqui com ela, se eles voltassem para as portas da pousada, então não teria tido nenhum ponto. Ele tinha definitivamente que conseguir conselhos de Temari sobre o que permitiria uma melhor viagem de lua de mel.

Afinal de contas, não era apenas para Naruto, era para Hinata também. Apenas o ponto de vista de um homem não seria o suficiente. Ele tinha que ter ponto de vista de uma mulher. Ele tinha que ouvir a opinião do lado das mulheres sobre spa, yukatas, o serviço prestado às mulheres, todos os tipos de coisas que um homem não poderia julgar por conta própria.

Shikamaru colocou a sua concentração total em correr atrás de Temari. Ele estendeu a mão para pegá-la com uma mão.


Isso não vai dar certo se eu estiver sozinho, isso não vai dar certo por si só...!  
  
A mão de Shikamaru atingiu seu alvo. Ele conseguiu pegar Temari pelo braço.

Apertando mais, Shikamaru gritou: "Por favor, só espere! Eu preciso de você!"

Temari tinha forçadamente parado, e agora olhou por cima do ombro para ele. Por alguma razão, seus olhos pareciam um pouco molhados.

Ambos estavam ofegantes, totalmente sem ar. A fraca luz das lanternas próximas iluminavam seus rostos ligeiramente, a sombra de Shikamaru sobre Temari.

Talvez ela tenha se acalmado, porque seu rosto não estava mais vermelho. Seu rosto, iluminado pela luz emitida pelas lanternas, parecia mais maduro do que o normal.

Shikamaru inconscientemente acabou olhando para o rosto de Temari.


Ele estava envolto em um sentimento misterioso. Como se estivesse no meio de um sonho.

"Está tudo bem realmente... em ser eu ...?" Temari perguntou calmamente.

Essas palavras puxaram Shikamaru bruscamente de volta para seus sentidos, e recuperou o juízo novamente. Ele balançou a cabeça com firmeza.

"Sim, não vai funcionar se não for você!" Ele disse seriamente, "Afinal, eu não posso entrar no lado das mulheres da fonte termal!"

"...ha?" Por um breve momento, a mandíbula de Temari caiu. "Uhm...? O que você está dizendo...?"

Shikamaru estava confuso com o olhar que ela estava dando a ele, como se ela de repente estivesse desconfiada dele. Era uma reação estranha a sua resposta. Mas, por agora, era melhor verificar o que ambos estavam pensando.


"Não importa como você olhe para isso, eu não vou ser capaz de ir para o lado das mulheres da fonte termal, certo?"

"Obviamente!" Ela parecia um pouco indignada. "O que você está de repente..."

Ela estava bem ciente da situação, bom. Como esperado de Temari.

Nesse caso, ele só tinha que explicar cuidadosamente o resto...

"Eu não posso ir para o lado das mulheres. Já que sou um homem. Então, eu preciso de você para ir para o lado das mulheres. Pois você pode entrar. Como você disse, é óbvio. Quando você sair do lado das mulheres, eu preciso que você me diga o estado em que está, apenas em poucas palavras. Isso é tudo o que é necessário. Okay? É uma coisa realmente simples de se fazer, certo?"
 


"Sobre o que exatamente... você está falando...?" Temari perguntou, em uma voz incrivelmente calma.

Ela não estava parecendo como se estivesse desconfiada dele mais. Agora seus olhos estavam simplesmente confusos.

O que foi tudo isso? Ele explicou isso de modo simples e claro, mas ela ainda não entendeu. Shikamaru não sabia como consertar isso.

O que raios estava Temari não entendendo? Apenas um tempo atrás, ela concordou que ele não poderia ir para o lado das mulheres da fonte termal...

"Para começar", disse Temari. "Sobre o que, exatamente, nós estamos falando?"

Era aquele o começo? E pensar que todas as coisas que ele esteve dizendo não atingiram ela, afinal...

"O que quer dizer com o quê?" Perguntou Shikamaru. "Nós estamos falando sobre a seleção de uma pousada para uma lua de mel para um casamento, não é?"

"Exatamente, casamento de quem?"

"Naruto e Hinata, obviamente. Huh? Eu não te disse isso? Que estranho..."
 


Parece que eles tinham tido algum tipo de mal-entendido. O tempo todo, Temari estava pensando em um casamento diferente do de Naruto e Hinata. Shikamaru finalmente percebeu este fato neste momento.

Temari era de uma excelência superior a das outras pessoas. Ela iria ouvir o início de uma explicação, e imediatamente deduzir o resto. Ele não teria que dizer isso em voz alta para ela perceber que eles tiveram um mal-entendido também, ela compreendeu tão rapidamente quanto ele.


Então é assim, Shikamaru pensou, finalmente entendendo. Houve um mal-entendido. 

Temari parecia ter entendido tudo, também.

"Hmm, então isso é o que tudo aquilo era...", Disse Temari. Ela estava sorrindo, calma e em paz.

"Não, mas espere, então...Ah!!" Shikamaru sem querer deixou escapar uma exclamação.


É possível que o mal-entendido de Temari tenha sido... 

"Não, certo?" Ele perguntou a ela. "Ei... não era que..."

Quando ele perguntou aquilo, Temari silenciosamente tirou seu tessen de suas costas, segurando-o na mão.

"E-ei... o que é isso?" Ele perguntou. "Por que você está tirando isso de repente...? O- o que está acontecendo com o seu chakra...?!"

Temari sorriu carinhosamente para ele.

Shikamaru foi cativado pela visão, e encontrou um sorriso se formando em seu rosto também.

Sorrindo um para o outro assim, eles pareciam a própria imagem de um par de amantes íntimos.
 



 -------------------------------------------------

Naquela noite em Konoha...

Um súbito vendaval fora de temporada varreu as fontes termais de Konoha, e durou a noite toda. Os moradores e turistas passaram a noite inteira acordados, com muito medo de ir dormir...
 



Final

1-"Tia" em japonês, não biologicamente, como um apelido carinhoso.

2-Restaurante tradicional japonês de luxo.

3-Jogo de tabuleiro japonês.

4-Frase dita depois do término das refeições. Significa "muito obrigado pela refeição".

5-Não o "olá" português, mas algo como "ei"(antes traduzia direto para o "ei", mas deixarei como "oi"mesmo)

Maneki Neko e Daruma em sua mão.
6-Daruma é o nome de um talismã japonês, trata-se de um boneco que ganhou esse nome por causa de um monge indiano, Bodidharma, que perdeu o movimento de seus braços e pernas depois de passar nove anos meditando em uma caverna. Ele decidiu remover suas pálpebras para evitar que dormisse e, então, conseguiu atingir a iluminação. Ele vem sem os olhos pintados. Você faz um pedido e pinta um olho, e quando ele for realizado você desenha o outro.Fonte

7-Maneki Neko (招き猫, literalmente gato que convida), também conhecido como Gato da Sorte, Gato do Dinheiro ou da Boa Sorte é uma escultura asiática comum, na maior parte das vezes feita em cerâmica, que se crê trazer boa sorte ao seu dono.Fonte


9 comentários:

  1. Boa prova!
    Boa viagem e tenha um excelente feriado.
    Não se preocupe dará tudo certo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Own, muito obrigada pela força! Seu comentário me deixou mais feliz e aliviada! E bom feriado... meio atrasado!...

      Excluir
  2. Olá, bgd por traduzir o do shika :))
    queria saber se vc vai traduzir o do gaara tbm ^^
    Bgd de novo rsrs
    *-*

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu que agradeço por você ter lido!!
      Sim, só não sei se vou traduzuir simultaneamente com o Konoha Hiden(só não fiz isso ainda por que mal estou dando conta de apenas um), ou espero terminá-lo.
      De nada!

      Excluir
  3. O melhor até agora kkkk morri de rir ♡~♡

    ResponderExcluir