segunda-feira, 20 de julho de 2015

Konoha Hiden Capítulo 8

Olá!                                                



Créditos:http://cacatuasulphureacitrinocristata.tumblr.com/post/123249490266/konoha-hiden-chapter-eight-translators-note-im
Autor: Shō Hinata
                                              Ilustrador: Masashi Kishimoto

A Missão Final, fim


"Então agora.. finalmente a hora de começar."

a Última Missão do Time Oito! Vamos, rapazes." Kiba ruidosamente ergueu a voz como se estivesse bradando um grito de guerra.

Após uma longa viagem, Shino, Kiba e Akamaru tinham finalmente chegado à entrada de Soraku.

Eles passaram sob um portão japonês refinado sustentado por pilares grossos, escarlates, e entraram na cidade.

No momento seguinte, todos do grupo engoliram em seco com o que viram espalhados na frente deles. Mesmo Kiba, que esteve incrivelmente barulhento apenas um minuto atrás, parecia manso, de repente. Era além do que eles tinham imaginado.

Inúmeros edifícios estavam amontoadas, paredes que tinham quebrado em pedaços e desintegrado, placas de loja inclinadas com tinta desbotada, e inúmeras lojas com janelas de vidro quebradas, alinhadas como se estivessem tentando competir umas com as outras.


Claro, não havia ninguém dentro da cidade. As ruínas desabitadas e abandonadas tinham, obviamente, ficado assim por um tempo muito longo.

O centro da cidade tinha um monte de prédios altos , um indício claro de como um número considerável de pessoas vivia aqui.

Nem Kiba nem Shino sabiam como Shino Soraku tinha chegado neste estado, ou para onde seus antigos moradores tinham ido.


Mas antes que eles percebessem o que estavam fazendo, eles estavam imaginando as cenas do passado distante de uma cidade cheia de atividade e movimentada, que não podia mais ser o cenário.

Pais e filhos tinham estado aqui. Irmãos. Amigos. Amantes.

Não havia dúvida de que ali costumava ter acontecimentos que não eram diferentes dos de Konohagakure.

Todo o bairro estava quieto. Não havia um único som. Mas, ocasionalmente, você podia ouvir o som do vento. Era mais provavelmente o som de correntes de vento soprando através das janelas quebradas e do interior dos edifícios.

Parecia que o vento que soprava tão inutilmente na quietude do silêncio era o som feito pela cidade abandonada gritando.
 


As vicissitudes da vida. Essa frase veio à mente de Shino.

Mas então, era realmente aceitável resumir algo assim com aquela simples frase? Ele hesitou, porque a visão parecia muito triste para essas palavras.

um lugar desolado." Shino murmurou. "Alguma pessoa realmente vive aqui...?"

O nariz de Kiba contraiu, se movendo. "Não há nenhum erro..." Ele disse. "Há definitivamente umas poucas pessoas aqui, de alguma forma."

Kiba entrou no edifício que estava à frente, dizendo, "Este caminho".

Shino e Akamaru o seguiram.
 


O interior do edifício era tão confuso quanto o exterior. Os dois homens e animal cuidadosamente fizeram seu caminho por um corredor longo e escuro. Quanto mais seguiam em frente, mais complicado ficava , como um labirinto. Tubos de algum tipo se agarravam às paredes, embora fosse difícil dizer se eles carregavam água ou gás.

A julgar pela aparência, parecia que o edifício originalmente não tinha sido estruturado assim, mas sim que várias adições foram feitas a ele ao longo dos anos, e que resultou em tais caminhos estranhos se formando.
 


É mais provável que seja uma contramedida contra intrusos... Shino pensou, olhando para as paredes de cores diferentes.

"Fede a mofo aqui", Kiba comentou da frente dele, "Este lugar com certeza é deprimente."

Naquele momento-

"Bem -miau- Eu sinto muito por este lugar ser deprimente."

Um gato tinha saltado de um dos dutos de ventilação de ar quebrados.

"Mas que... ?!" Kiba estava descomposto pela súbita aparição do gato. Era porque ele não tinha sido capaz de senti-lo com seu nariz.

Akamaru ficou em guarda, deixando escapar um rosnado baixo. Num instante, Shino estava em alerta também.

"Aqueles hitai-ate... miau, shinobi de Konoha?"
 


O gato estava falando. Não parecia haver quaisquer outros gatos ao redor. Tinha principalmente pelo cinza, com pelo branco na ponta do seu nariz, e boca. Ele estava olhando para eles com os olhos brilhando.

"Um fede a cão. Um fede a inseto. Um é um cão." Depois de olhá-los por toda parte, um por um, o gato murmurou tal linguagem abusiva. "Sério, miau, vocês são um bando de inúteis."
 


Mas Kiba não se importou, depois de tudo. Ele estava olhando para o gato e regando-o com palavras de elogio.

"Essa é uma surpresa." Kiba disse, "Completamente sem cheiro. Este gato é grande coisa...!"

"Gatos ninja removem completamente o nosso cheiro quando estamos limpando nossos corpos, miau. Nós somos diferentes de gatos normais."

"Um desses gatos ninja dos rumores hein...?"

Shino fixou os olhos no gato na frente dele.

Ele parecia como qualquer outro gato que você encontraria em qualquer lugar. Seus movimentos eram muito parecidos com os de um gato também.

A diferença era o kimono que usava, e as palavras humanas que falava.
 


Soraku tinha um outro lado, como um paraíso para gatos. Muitos gatos vinham morar na cidade abandonada. A maioria deles eram gatos normais que não conseguiam falar a linguagem humana, mas entre eles haviam estes gatos ninja milagrosos que tinham aprendido a falar como humanos e usar ninjutsu.

Estes gatos ninja tinham servido o clã de comerciantes de mercado negro daqui por gerações. Chamá-los de autoridade importante desta cidade não seria exagero. Gatos ninja cooperavam com gatos normais para que, seja dia ou noite, eles estejam sempre mantendo um olhar atento sobre a cidade. E, isso incluía rapidamente lidar com intrusos.
 


Parecia que os tubos que se agarravam às paredes e tetos eram, na verdade, um caminho secreto para os gatos. Todo o edifício era provavelmente- não, toda a cidade era provavelmente o mesmo. Eles provavelmente contruíram toda a área para que você não seja capaz de ir a qualquer lugar que esteja fora do alcance dos gatos.

Era graças aos gatos ninja que esta região permanecia segura.

No entanto, Shino e os outros só tinha vindo desesperadamente à procura de vinho de mel. Seria terrível se houvesse um mal-entendido que eles vieram com más intenções. E assim, Shino começou a falar o mais gentilmente que pôde:


"Nós não somos pessoas suspeitas." Disse Shino, "Nós estamos procurando por alguém. Estamos apenas à procura de informações."

"Um homem que usa óculos de sol, um casaco comprido, e um capuz que cobre seus olhos...! Você é certamente suspeito, miau."

"Bem, você tem um ponto..." Por alguma razão, Kiba concordou com a gato.
 
 


Shino se sentiu um pouco irritado com isso, e levantou a sua voz. "Você não pode chamar as pessoas de suspeitas só porque elss usam um capuz e óculos de sol. A razão é que eu não sou alguém suspeito. E, além disso, as pessoas que você realmente deve suspeitar de são os tipos que tentam esconder a sua natureza suspeita por não parecer nada suspeito e..."

"Calma, Shino." Disse Kiba. "Levantar a sua voz para o gato não vai ajudar em nada."


"Eu realmente não posso suportar o quanto você fede a cão, miau. Isso me faz querer vomitar."

"COM LICENÇA!? EI, SEU GATO BASTARDO SENTADO AÍ!!!"

"Calma, Kiba. Fique calmo. Siga o meu exemplo."

"Seria melhor se vocês saíssem rapidamente, miau. Se vocês não fizerem isso, serão rasgados membro a membro."

Diante de as repetitivas provocações do gato ninja, Kiba finalmente se cansou.
 


"Heeeh, tudo bem para mim. Nós podemos obter nossa informação do mesmo jeito, amarrando ele, não podemos? "Kiba olhou para o gato com olhos penetrantes. Ele estalou os dedos, então virou o pescoço, ligeiramente soltando seu corpo. E depois-

"Vamos, Akamaru!" Kiba pulou do chão, e Akamaru correu para a frente quase exatamente ao mesmo tempo.

"Seu humano tolo, miau." O gato olhou para o teto, sem parecer nem um pouco particularmente preocupado. Ele moveu sua pernas para trás uma por uma para alongá-las, e rolou a articulação de seu próprio pescoço também.

"Gyan!" Akamaru soltou um grito estridente, e caiu ao lado de Kiba.
 


"Qual é o problema, Akamaru?! Espe- isso é- ?!" Kiba desmaiou repentinamente ao lado do Akamaru contorcendo-se também. "Ah- espera- ha- gah- hya- kaa- ku-"

Akamaru e Kiba  rolavam no chão, soltando ruídos estranhos. Eles pareciam ter se perdido completamente, puxando os cabelos e apertando suas roupas.

A pele de Shino percebeu os minúsculos agressores que tinham saltado do corpo do gato ninja.

"Ohh, então eles são pulgas..." Ele disse. "Você enviou pulgas como um ataque. Como esperado de alguém que leva o nome de um gato ninja. Isto é realmente raro. Eu acho que você poderia chamá-lo de algo como Ninpou: Shuriken de pulgas..."
 


N-não só analisEEEEEE c-calmamente." Kiba gritou. "Fa-faça alguma co-coisa logo sHINOOOO!"

Uma pessoa sentirá uma coceira incrível se for coberta por um número de pulgas tão grande, isso não podia ser evitado. Os gritos aflitos de Kiba e ganidos de dor de Akamaru estavam ecoando no corredor.

A fim de ajudá-los, Shino ajoelhou-se em um joelho e fez os sinais de um selo de mão.
 


"Técnica Coleta de Insetos!" Shino gritou, e colocou a mão no chão. Enquanto o fez, um padrão de chakra azul em forma de teia de aranha surgiu. Espalhava para fora de seus dedos.
 


Conforme fazia isso, as pulgas que tinham coberto Kiba e Akamaru saltaram para as teias de chakra azuis, reunindo dentro delas. A técnica de coleta de insetos funcionava assim como o nome sugeria, atraía os insetos para perto do usuário e os reunía em um só lugar. Era uma técnica fundamental para o Clã Aburame que cada um de seus membros conseguia fazer. 

Assim, essa tinha sido originalmente uma técnica utilizada para a coleta de insetos na investigação da ecologia.

"Es-estamos salvooos..." Kiba deve ter passado por muita dor. Ele estava tentando equilibrar sua respiração desordenada quando ele se levantou.

Akamaru parecia estar ainda se sentindo enojado com a situação, balançando todo o seu corpo como ele faria se tivesse ficado molhado.

"Em pensar que vocês não conseguem vencer nem mesmo contra pulgas. um limite para o quão patético se pode ser, seus vira-latas, miau."

"Seu gato maldito, nos olhando de cima...!" Kiba se lançou em direção ao gato que esteve calmamente os observando.

"Te peguei!"


Kiba tinha firmemente agarrado o gato em suas mãos. No entanto, no segundo que o tocou, o corpo do gato amassou em pedaços como pedra.

"O que?!"

Pedras? Não, não era isso. Eram pedaços crocantes de comida de gato. O gato tinha estado ali definitivamente um momento atrás. Quando raios tinha ele mesmo trocado de lugar com um falso feito de ração de gato...?
 


"Eu vejo, então é um Bunshin de Ração de Gato..." Shino murmurou.

"Agora realmente é hora para o elogiar?!" Kiba disse com raiva.


"É realmente a hora de vocês irem embora, miau." O gato falou de um lugar de dentro da passagem, seus olhos brilhando no escuro, "Mesmo um gato só vai dar a outra face três vezes. De agora em diante, vai ser a hora de pôr as garras para fora, miau."

Era assim que os gatos ninja afastavam intrusos. Pelo bem de proteger a cidade e o clã de Comerciantes do Mercado Negro. No entanto, provavelmente, se um comerciante aparecesse ali, não mandaria todos embora. Isso é o que pensava Shino
pensava.

No entanto, ele não sabia o que iria fazer os gatos pararem de rejeitá-los.
 


"Ugh, dane-se!" Kiba gritou irritado, "Nós não conseguimos pegar o gato, não conseguimos obter informações do gato, não há nada que possamos fazer!"

"Se você deseja obter informações, então você pode trocá-las por Matatabi¹. Mas isso é impossível, já que vocês não têm nenhum Matatabi. Você entende agora? Você realmente fede a cão, então nós realmente queremos que vocês se apressem e saiam."
 


Então era isso. Matatabi podia ser trocado por um passe para entrar. Eles não haviam pensado muito. Seu adversário era um gato, afinal.

"Isso é ruim, Kiba..." Disse Shino. "A este ritmo, vamos fazer nenhum processo. A razão é que nós não trouxemos nem mesmo um pouco de Matatabi... "

Shino se inclinou para mais perto Kiba, sussurrando para que o gato ninja não pudesse ouvir. "Uma vez que as situações ficaram assim, eu vou usar meus insetos para-"

"Espere, Shino. Deixe isso comigo."

Kiba tirou uma pílula de ração militar da bolsa em seu cinto, e a jogou para o gato ninja. "Tudo bem, gato. Vou te dar isso. Vamos fazer uma troca. Isso pela informação sobre a localização do apicultor."
 


"Você está me fazendo de tolo? Não importa como você olha para isso, não é Matatabi, miau. Matatabi é..." O gato parou de falar, parando suas reclamações quando próximo da pílula. Ele começou a lamber a pílula de ração militar, sua língua rosa aparecendo e desaparecendo. "O Quê? O que é isto? Isso tem Matatabi?"

O gato lentamente deitou-se no chão. Era o comportamento típico de descanso que aparecia em gatos depois de lamber Matatabi.

"Então, que tal?" Kiba sorriu largamente. "Nós podemos fazer o negócio agora, certo?"

"Que história é essa, Kiba?" Perguntou Shino. "Pílulas de ração militar têm Matatabi?"

"Nah, a pílula tem inukekka² dentro. É algo semelhante ao Matatabi."
 


As pílulas de ração militar especiais do Clã Inuzuka eram normalmente para cães. Ele nunca havia pensado que uma dessas pílulas tinha coisas que gatos também gostavam. Como esperado, Kiba era um homem confiável.

"Gnnn." O gato parecia vexado mesmo em seu estado atordoado induzido pela pílula. "E pensar que eu enrolaria no chão assim por causa de um idiota fedendo a cão, miau. Meu orgulho não pode perdoar isso, miau."

O gato disse aquilo, engoliu a pílula em um gole, e saiu correndo.

"O qu- EI! VOCÊ NÃO VAI NÃO VAI ROUBAR DE MIM! SEU GATO DE MERDA!"
 


O gato saiu correndo como uma lebre, ou talvez ele devesse dizer, como um gato? De qualquer maneira, Kiba tinha corrido atrás do gato fugitivo em velocidade máxima.

"SÓ ESPERE!" Os gritos enfurecidos de Kiba ecoaram furiosamente pelos corredores.

Shino e Akamaru olhavam para as costas de Kiba enquanto perseguia o gato ninja, e começaram a correr também. Enquanto eles perseguiam o gato ninja ágil, corriam inúmeras voltas e reviravoltas, corredores curvando esquerda e direita como um labirinto.


Shino tinha acabado de fazer outra curva no caminho, quando viu Kiba na frente dele. Ele estava congelado, completamente parado. Shino bruscamente parou em sua corrida para não correr para cima dele.

"O que aconteceu, Kiba... Você o perdeu de vista?"

Kiba não virou a cabeça, mesmo com a pergunta de Shino.

Shino olhou ao seu redor e viu que havia uma mulher em pé na frente de Kiba. O gato ninja de antes estava sendo segurado em seus braços.

Ela era uma mulher jovem, com bonitos cabelos castanhos, e encantadores olhos largos. Sua idade parecia estar em torno da deles.
 
 


Kiba e a mulher ficaram se encarando quase como se reconhecessem-se de algum lugar.

A mulher então notou a presença de Shino, e, olhando-o de cima a baixo, começou a recuar.
 


"Espere, eu definitivamente não sou uma pessoa suspeita..." Shino falou antes de ela poder dizer alguma coisa, sendo mais rápido que até a própria suposição. "Eu sou o companheiro do Kiba aqui."

Quando ele disse isso, os traços faciais da mulher relaxaram.

"Ah, então era isso. Você correu para cá tão repentinamente que fiquei surpresa." Ela disse, e sorriu.

"Me solte, miau!" O gato estava lutando para sair dos braços da mulher, mas não conseguia se libertar.
 


Vendo isso, Shino perguntou, "Será que você é... dona desse gato?"

A mulher parecia surpresa enquanto respondia. "Sim. Uhm, o nosso gato fez alguma coisa...? Ouvi uma voz muito alta."

"Nós estamos procurando por alguém." Shino disse, "Nós demos uma pílula de ração militar como pagamento, mas o gato pegou sem dizer nada."

"Ahh, entendi. Tsk, eu sempre digo a eles para fazerem negócios corretamente."

"Me desculpe se eu não farei negócios com alguém que fede a cachorro, miau." O gato sibilou enquanto lutava.

"Fede a cachorro...? Esta pessoa?" A mulher virou-se para olhar para Kiba.
 


Shino virou-se para examinar o estado de seu amigo também. Por alguma razão, Kiba esteve em pé duro como uma estátua com a boca aberta faz um tempo.

"Uhm, eu sinto muito. Nosso gato tem sido incrivelmente rude..." A mulher disse, "Ah, meu nome é Tamaki. Nós possuímos uma loja de armas. E este pequeno é Momo. Ele está sempre me protegendo."

Então a mulher se chamava Tamaki.

"Então ele é chamado Momo." Kiba disse de repente, "nossa , que coincidência. Nosso cão é chamado Akamaru, ahaha."

Kiba estava dizendo coisas que não faziam sentido.
 


O que raios era uma coincidência? Shino estava preocupado por não saber qual componente na conversa fazia isso ser uma coincidência.

Até mesmo Akamaru tinha um olhar absolutamente chocado em seu rosto. E é claro que ele estaria, vendo seu dono agir como uma pessoa completamente diferente bem na frente de seus olhos.

"Então você é um usuário de cão ninja?" Perguntou Tamaki, com os olhos brilhando, "Isso é incrível."

Foi então que Kiba começou a agir de modo incrivelmente estranho. Ele ficava inquieto. Ele olhava para esquerda e direita. Passava a mão pelo cabelo. Puxava seu cavanhaque.
 


"Não, bem, heh, eu não sou grandes coisas..." disse Kiba, "Ah- sabe, , incrível é uma coisa diferente, certo? Tipo como eu estou em um nível onde eu poderia ser considerado um candidato para o próximo Hokage, assim".

"O que uma pessoa tão incrível está fazendo aqui?!" Tamaki ficou espantada.

Akamaru abaixou a cabeça e soltou um ganido que soava triste.

Shino não disse nada. Apenas alguns momentos atrás, Kiba esteve furiosamente gritando "
GATO DE MERDA!". Shino se perguntava para onde raios aquele Kiba tinha desaparecido. 

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"-Ah, Eu vejo", disse Tamaki, "Vocês estão procurando pelo apicultor."

"Sim, para um presente de casamento de um amigo." Kiba disse, "Nós estávamos pensando em dar vinho de mel."

"Ahh, essa é uma escolha muito boa."

Shino observava Kiba e Tamaki enquanto eles conversavam. De alguma forma, Kiba tinha finalmente conseguido chegar ao ponto. Kiba e Tamaki estavam segurando a conversa por si mesmos.

Shino estava silenciosamente acariciando a cabeça de Akamaru, que também não estava participando da conversa.

Akamaru parecia estar chateado com alguma coisa, mas quando Shino o acariciava, o cão parecia se sentir melhor, olhando para Shino com seus olhos enrugando. Shino nunca teria imaginado que apesar de ser um usuário de insetos ele acabaria gastando tanto tempo com um cão e aprendendo a ler seu coração.


"-Então, Eu vou guiá-los."

"Ah, você sabe onde ele está? Ficaríamos muito gratos."

Parecia que a conversa de Kiba e Tamaki tinha terminado. Ela iria guiá-los.

fácil se perder nesta cidade", Tamaki disse com um sorriso irônico enquanto ela e Kiba caminhavam lado a lado à frente. Shino e Akamaru seguiam silenciosamente.
 
 


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Eles caminharam por um caminho muito complexo. Shino pensou que eles estavam indo para fora, mas eles estavam dentro de um edifício de novo. Então ele pensou que eles estariam fora, mas desta vez eles se dirigiram para um beco que tinha mais prédios com aparência semelhante.

"Então, este apicultor," Kiba perguntou: "Que tipo de homem ele é?"

"Hmm," Tamaki disse, "Bem, eu nunca vi seu rosto, então..."

"O que você quer dizer...?"

"Eu nunca o conheci, mas eu sei onde ele está."

"O que há com isso?"
 


Shino continuou andando enquanto ele observava a atmosfera harmoniosa entre Kiba e Tamaki que andavam um pouco à frente. 

Ele estava muito agradecido por ela estar os guiando. Se eles não tivessem perguntado para um morador mostrar como percorrer estas ruas complexas da cidade, então, mesmo com o nariz de Kiba e os insetos de Shino, eles teriam passado tempos difíceis encontrando seu alvo. E desde há um tempo atrás, tudo que eles encontravam eram gatos, e nem um único ser humano.

Eles estiveram no topo de paredes em ruínas, nas fendas de escombros, dentro de lojas com janelas quebradas. Ele podia sentir os olhos dos gatos sobre eles em cada possível esconderijo.

Quando você olhava para os gatos, eles estavam ou deitados ou lambendo suas patas, mas eles certamente nunca deixavam Shino ou os outros de fora de sua vista.
 


Enquanto observava esses arredores, Shino teve uma sensação repentina.

Esta cidade abandonada, e os gatos que viviam aqui, sob o sol... Quase sentia como se um dia, todos os outros seres humanos subitamente desapareceram da face da Terra.

Aqui, as pessoas eram os forasteiros.

Se não fosse por Tamaki e o gato ninja Momo, eles provavelmente estariam cercados por agora.

Falando de Momo, o gato estava andando ao lado de Tamaki com um olhar ácido em seu rosto. Parecia que não estava satisfeito com a forma como Tamaki e Kiba estavam conversando alegremente entre si.
 


Kiba estava fazendo movimentos grandes e exagerados com as mãos e braços enquanto falava, e riso estava fluindo de Tamaki.

Shino ficou quieto, como sempre fazia.

Akamaru estava esquivando-se dos olhares resolutos dos gatos enquanto andava.

Dessa forma, os três eventualmente chegaram até a periferia da cidade.

Quando eles chegaram a esse ponto, o número de prédios em ruínas alinhados lado a lado havia diminuído de forma constante até que  nem mesmo uma casa restasse. Em vez disso, o que eles viram foi- bem, em vez disso, um espesso nevoeiro descera. Seu campo de visão foi prejudicado.
 


Esta não era uma questão trivial, Shino pensou consigo mesmo, e reuniu sua concentração. Ele focou em observar cuidadosamente seus arredores.

À frente dele, Kiba e Tamaki continuavam a conversa frívola. Mesmo que logo eles estariam chegando, algo estava diferente sobre o humor de Shino e o humor entre os dois na frente dele.

Tamaki estava continuando, sem se preocupar com a neblina.

"Eh? Pensando nisso, não nos conhecemos antes disso em Konoha? Eu recentemente me mudei para lá. Embora eu ainda volte aqui muito frequentemente para visitar minha família. Mas sim, é isso, antes disso, minha avó estava completamente nua quando um grupo de gatos- ah, aqui estamos nós."

Tamaki de repente parou.
 


Enquanto se perguntava o que diabos sua avó tinha feito, Shino parou também.

Você poderia vagamente ver um bosque de bambu no nevoeiro à frente deles.

"Este bosque de bambu... deve ser o lugar certo." Disse Tamaki.

Essas eram umas palavras ambíguas de alguém que disse que iria guiá-los.

"O que você quer dizer com 'deve ser'?" Perguntou Kiba.

"Bem, em poucas palavras, ninguém nunca o conheceu."

"Então como é que você sabe que este é o lugar onde ele mora?"

"Por favor, dê uma olhada nisso", Tamaki mostrou um par de monumentos de pedra que estavam erguidos à frente do bosque de bambu.
 


Vendo a corda apodrecida que estava enrolada em torno dos monumentos de pedra, Shino murmurou: "Divindades Guardiãs dos Viajantes".

"Está correto." Tamaki disse, "As pessoas vêm aqui e colocam uma oferta, coisas como vegetais e similares, perto da estátua. Quando eles voltarem no dia seguinte, as ofertas terão desaparecido, e um pequeno recipiente de mel ou vinho de mel estará em seu lugar. E então, nós chamamos a pessoa que deixa o mel, seja lá quem for, o "apicultor '."

"Por que ninguém tentou ir vê-lo...?" Perguntou Kiba, parecendo incrivelmente surpreendido. "Normalmente, você não iria ficar curioso sobre que tipo de cara que ele é?"

Bem, isso certamente é o que você pensaria. 'Normalmente'.

Mas, aqui era Soraku.
 


A possibilidade de que quem vive aqui não seja alguém íntegro era de 200% por cento. Enquanto essa pessoa fizesse o seu negócio corretamente sob a vigilância dos gatos, então ninguém se importaria se eles fossem viajantes ou fugitivos.

"Como você pode dizer pelo
Divindades Guardiãs dos Viajantes, estas são terras sagradas. Mas as pessoas que vivem em Soraku não se dão o trabalho de olhar em volta. Nós não temos nenhum negócio aqui depois de tudo." Tamaki disse com uma risada.

O fato de que o apicultor estava vivendo em terras sagradas não parecia ser um transtorno.

Como esperado, o povo de Soraku tem uma maneira única de pensar que é um pouco diferente da dos outros.

"Mas nós, na verdade, temos negócios aqui, sabe..." Kiba disse,"Nós não podemos apenas sentar desnorteados por quem sabe quantos dias enquanto esperamos as nossas oferendas serem trocadas por vinho de mel."
 


"De qualquer forma, vocês idiotas não serão capazes de encontrá-lo, miau. Mesmo os gatos se perdem nesse bosque de bambu, miau." Momo deu uma risada sádica.

Ele pensou que o gato tinha finalmente decidido dizer algo que vale a pena apenas para algo como aquilo sair da sua boca.

Mas Kiba não estava perturbado.

"Somos shinobi. Nós não vamos nos perder." Ele dirigiu as palavras para Momo, e depois se virou para ir aos bosques de bambu envoltos pela névoa.
 
 


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Depois de se despedir de Tamaki e Momo, o grupo começou a caminhar pelo bosque de bambu nebuloso.

Shino virou a cabeça e olhou para trás. O resto da cidade estava fora de vista na neblina. Então, isso é o que Momo quis dizer com se perder. Se este era o estado dos alimentos, não é de se admirar que Tamaki e Momo e as outras pessoas de Soraku nunca tinha vindo aqui.

De qualquer maneira, uma vez que eles estavam procurando por alguém cujo rosto era desconhecido, seria uma tarefa impossível de realizar, se você não tivesse shinobi com altos sentidos de percepção como Kiba e Shino. Este não era um lugar para não-shinobi como Tamaki estarem.

Mas, dito isto, era possível que este não era um lugar para shinobi estarem também.


Essas estátuas de Divindades Guardiãs dos Viajantes foram colocadas como um marcador para separar o mundo que os seres humanos viviam do mundo que os deuses viviam. Em outras palavras, eles estavam agora caminhando em território que não pertencia aos seres humanos, mas deuses.

Eles já não eram capazes de ver bem nesta névoa, mas Shino sentia com se ela tivesse ficado ainda mais densa.

"Tudo bem... este deve ser um bom lugar para o primeiro." Disse Kiba, e jogou uma kunai em uma próxima vara de bambu.

Ele estava fazendo isso para colocar um marcador perto da entrada do bosque de bambu. Ele faria isso de novo depois de terem se aprofundado um pouco mais. Eles repetiriam isso por um tempo enquanto continuavam. Dessa forma, eles seriam capazes de encontrar sua saída quando forem embora, sem se preoucupar muito com isso.
 


"Primeiro vamos encontrá-lo com o meu nariz, em seguida, quando conseguirmos fazer isso, você vai chamar seus insetos e... achoo!" Kiba espirrou repentinamente. Ele fungou, e então disse, "Heh, talvez aquela garota esteja falando de mim...³"

"...Você se apaixonou por ela?" Shino francamente perguntou.

"HÃ?! Não, seu idiota! Não há absolutamente nada assim!"

Kiba ficou incrivelmente nervoso. Ele estava gritando suas negações utilizando uma voz muito mais alta que a de costume.

"Eu estava ... interrompendo o seu romance...?"

"Eu estou dizendo que você está errado!"

"Hinata vai se casar em breve... Kiba, quando você se casar eu vou acabar finalmente ficando sozinho. Quando você se casar, deixe Akamaru para mim. A razão é que ele é o único que me entende sem palavras..."
 


"Com licença? Eu não tenho idéia do que você está dizendo! O que quer dizer com você vai ficar sozinho?!"

Já que Kiba estava ladrando, agitado, Akamaru olhou para o dono e latiu também.

"Woof!"

"Mas que- Akamaru?! Por que você está dizendo coisas assim, também?! E deixe meu cavanhaque fora disso!"

Mesmo que Akamaru só tenha dado um latido, parecia que ele tinha transmitido uma longa seqüência de palavras. Kiba estava reclamando de volta, seu rosto ficando vermelho até os ouvidos.

Seu rosto estava vermelho por causa da raiva ou da vergonha? Shino silenciosamente pensou. Muito provavelmente ambos.

Kiba de repente deu um grito exasperado. "Arggh, isso basta! Vamos apenas continuar sem se meter em conversas estúpidas como essa!"

Ele virou as costas para os dois, pisoteando na frente.
 


"Sério... o cheiro forte de bambu faz com que encontrar as coisas seja difícil, ugh!"

Parecia que ele estava muito mais irritado agora do que ele estava um tempo atrás.

Mas, Shino ficou satisfeito ao vê-lo, porque Kiba era muito mais fácil de entender quando ele estava assim. É claro que, enquanto ele podia estar satisfeito agora, isto era apenas "agora".

Quando ele conheceu Kiba, houve muitas vezes em que ele tinha ficado irritado com sua personalidade que era o oposto completo da de Shino.

Durante o recreio na Academia, Shino deixava seus insetos fazerem caminhadas no topo de sua mesa, enquanto Kiba corria em torno dos corredores e playgrounds com outros colegas, gritando em voz alta. Em sala de aula, Shino silenciosamente ouvia o professor, enquanto Kiba estaria ou dormindo ou fazendo uma confusão.
 


Para resumir, Kiba só perdia para Naruto quando se tratava de... esqueça "perdia", afinal, o menino em questão nunca tinha sido o tipo que se contenta com segundo lugar... Kiba estava no nível de Naruto quando se tratava de causar um tumulto. Ele tinha sido uma criança completamente problemática.

Naquela época, Shino queria se juntar a um time que tivesse qualquer pessoa, mas ele.

Mas agora, Shino ia em missões com essa mesma criança problema.

Quando estar ao lado de Kiba se tornou algo completamente natural?

A vida era realmente impossível de se entender.

Por alguma razão, Shino não parava de pensar dos velhos tempos enquanto andava.
 


Seu campo de visão ainda estava prejudicado pela neblina. O cenário nunca parecia mudar, sempre o mesmo. Aglomerados de bambu com névoa densa pairando entre eles. Shino achava que seus arredores agora pareciam uma pintura. 

"Espere um minuto. Isso é estranho..." Kiba de repente resmungou em voz baixa. "Este não é o cheiro de bambu... O que é isso, este fraco cheiro doce...?"

Kiba olhou ao redor, seu nariz se contorcendo.

Claro, Shino não conseguia cheirar tudo o que Kiba podia. Era um cheiro fraco.
 


No entanto, Shino notou imediatamente uma coisa muito estranha bem na frente de seus olhos.

"Kiba... Olhe para isso..."

Na frente de onde Shino estava apontando, havia uma vara de bambu... com uma kunai saindo dela.

Era a kunai que Kiba tinha jogado como um marcador perto da periferia da cidade por onde haviam entrado.

Muito tempo tinha passado desde que eles haviam colocado esse marcador, e eles continuaram caminhando unicamente para a frente. Eles não deveriam estar vendo o marcador.

"É um genjutsu...?"
 


Enquanto se sentia apreensivo, Shino mudou o fluxo de chakra dentro de seu corpo, fazendo os insetos dentro dele desconfortáveis. Ele mudou seu chakra pelo bem de quebrar o genjutsu.

No entanto, absolutamente nada mudou.

Normalmente, a kunai deveria estar uma longa distância atrás deles. Mas ela ainda estava na frente deles.
 


"Droga, não conseguimos sair dele... O que é isso?" Kiba baixou a voz, olhando acentuadamente em torno de seus arredores, "Técnica do Afeto Manhoso da Mente?" 

"É uma sensação semelhante à Ilusão Demoníaca: Técnica do Arredor Falso também, mas... não é nenhum dos dois..."

Eles eram uma dupla que tinha sido criada sob Kurenai, a melhor usuária de genjutsu em Konoha. Para ser honesto, eles estavam confiantes de que seu conhecimento em genjutsu era maior do que o dos outros ninjas. Claro, isso incluía quebrá-los também.

Mas, eles nunca tinham ouvido falar de um genjutsu como este. Para começar, se fosse um genjutsu, então ele deveria ter sido cancelado por agora. O que significa que era algo diferente de, mas semelhante a um genjutsu que seria... o que seria isso?


"Nós não temos escolha, hein." Kiba disse, "Por enquanto, que tal continuarmos com Amakaru e eu usando a técnica da Presa Giratória de Presa?" 

KIba encontrou uma solução muito simples. Ao invés de seguir um caminho já definido enquanto desviavam dos bambus, eles só iriam ignorar isso e andar em linha reta.

Shino selenciosamente balançou a cabeça
.

 
"Certo, então vamos, Akamaru!" Kiba olhou ao seu redor. "…Akamaru?"

Kiba começou a incansavelmente virar sua cabeça para direita e esquerda. Shino procurou em seus arredores também, apertando um pouco os olhos para olhar através da neblina que os cercava.

Mas não importa o quanto eles procuravam, mesmo estando bem perto deles apenas um momento atrás, Akamaru estava em lugar nenhum. Akamaru desapareceu sem qualquer barulho ou rastro.

"Isso não pode estar certo...Akamaru! Ei, Akamaru! O qu-O que é isso?! O cheiro do Akamaru se foi!"

Kiba perdeu completamente a cabeça. Ele pulou pela neblina, ainda gritando.

"ONDE VOCÊ ESTÁ, AKAMARU?! ME RESPONDA! AKAMARU!"

"Espere, Kiba! Acalme-se!"

Shino correu atrás de Kiba, que estava em pânico. Enquanto Kiba corria, chamando Akamaru, a neblina ficou mais densa em volta de sua imagem. Ele deveria estar bem próximo dali, mas Shino não conseguia dizer graças ao nevoeiro.

Shino correu, e correu, mas ele não conseguia alcançar Kiba. E logo, Kiba desapareceu de sua visão, também.

"Shino...esse cheiro está realmente forte." A voz de Kiba flutuava até ele do meio da neblina. "Você deve entender o que isso é também. É cheiro de mel...esse cheiro doce...sem duvida é...!"

"Kiba...!"

Nesse momento, um número incontável de Kikaichuu apareceu em volta de Shino.

Ele balançou ambos os braços, Kikaichuu saindo de dentro de seu corpo em todas as direções. Alguns voaram para o céu, outros encheram seus arredores, e seus Kikaichuu pareciam fazer um amontoado quase tão denso quanto a névoa.

Mas todos os Kikaichuu que haviam sido lançado não se comportaram da maneira que Shino esperava.

Eles imediatamente voltaram para ele, reportando que não conseguiram achar nada.

Ele tentou uma segunda vez, uma terceira, mas não importa quantas vezes ele os liberava, acontecia a mesma coisa

Os Kikaichuu iam através das fendas entre os bambus que haviam nascido onde ele estava, mas eles sempre voltavam sem achar nada.

Observar os insetos voarem confusamente cobriu Shino de suor frio.

Seus Kikaichuu respodiam a chakra. Para eles não estarem achando nada significava que Kiba, quem estava aqui há apenas um momento, realmente e totalmente desapareceu. Não era que ele apenas não conseguia vê-lo na névoa densa.

Isso é impossível... 

Shino freneticamente tentou pensar. Ele relembrou as últimas coisas que Kiba disse. Ele falou sobre um cheiro doce ficar mais forte, e disse que era o cheiro de mel. Ele disse que Shino deveria ser capaz de saber o que era também, o que significava que era muito forte.

Mas, não importava o quanto Shino se esforçava, ele não conseguia nem um pouco sentir o cheiro de mel doce.

De qualquer modo, conforme ele aguçava seus sentidos e se concentrava, seus esforços davam frutos de outra maneira. Cercado pelo zumbido de seus insetos que voltaram, Shino ficou ciente de outro, diferente zumbido nos fundos.

Ele repentinamente olhou para cima, e viu várias figuras voando na névoa. Elas eram enormes comparadas aos seus Kikaichuu

Com as cores preta e amarela.

Vespas. E elas estavam voando na direção dele em linha reta, mirando direto em Shino.

Ele imediatamente usou seu insetos para defender si mesmo e cortar as vespas. Seu enxame de Kikaichuu tomou a forma de uma espada preta, voando livremente através do ar.

Quando o fizeram, os corpos das vespas subitamente começaram a derreter e virar um líquido viscoso. E esse líquido começou a envolver os Kikaichuu que estavam atacando.

"O que é isso?! Essa técnica...!" 

Conforme o líquido envolvia seus Kikaichu, grandes gotas de um líquido grosso caíram ao redor de Shino também.

Mel...?

O cheiro doce dele misturado com a neblina, assim como Kiba disse. Pela primeira vez desde que entraram, Shino conseguiu finalmente sentir o cheiro também. Em fato, o cheiro estava costantemente ficando mais forte.

As vespas se arrumaram para atacar Shino mais uma vez. Ele usou seus insetos para se defender de novo.


O bambu está no caminho...

Se ele apenas tivesse mais um tempo, ele poderia esmagar o bambu em segundos.

As vespas atacaram, habilidosamente voando dentro e fora do bambu e o usando como escudo ao mesmo tempo.

Foi no momento em que Shino deu sua atenção a elas que aconteceu.

Perto do pé de Shino, o mel que caiu no chão começou a tomar a 
 forma de vespas de novo.

Agora eu consegui...! Shino pensou enquanto as re-formadas vespas voaram direto até ele pelo nível do chão.

O ferrão da vespa impiedosamente furou atrás do pescoço de Shino.

Seu corpo balançava terrivelmente.

Esse não era um ferrão normal de vespa. O veneno da vespa foi especialmente preparado para ser forte o suficiente para acabar com dois shinobi de uma vez.


A manipulação de vespas dele, e seus especializados ferrões tóxicos, todo eles apontavam para um usuário de insetos bem habilidoso. Um usuário de vespas e abelhas. As pessoas de Soraku chamaram essa pessoa de apicultor.

Quando Shino se convenceu que conhecia a verdade sobre o inimigo que não conseguiam ver, ele desmaiou naquele lugar.

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Depois de um tempo, o apicultor apareceu do meio da névoa sem qualquer som.

Passo a passo, eles lentamente se aproximaram de Shino.

Era uma visão bem estranha.

Você não conseguia ver seus rostos, porque estavam cobertos por uma máscara da anbu com a forma de uma abelha. E não era só o rosto que você não conseguia ver. Tudo do apicultor, a não ser o rosto mascarado estava coberto por um enxame de abelhas.4

Não, ao invés disso, seria mais fácil para você imaginar se fosse dito que era quase como o corpo inteiro do apicultor era feito de abelhas.

Esse era o apicultor de Soraku, cujo rosto ninguém viu.

Eles lentamente deram um passo para frente.

"Clã Aburame de Konoha..." Eles murmuraram, enquanto olhavam para o caído Shino. Suas vozes eram baixas, mas claras. Soava como um jovem garoto, mas ao mesmo tempo, como um frágil jovem homem. Também soava como uma calma mulher. Era uma misteriosa, andrógena voz.

"Exatamente." Shino respondeu de trás do apicultor.

O Shino que desmaiou no chão se espalhou. Era um kage bunshin de insetos feito de milhares deles.

"E pensar que você me enganou... o apicultor disse, "Você é alguém raro..."

O apicultor não tinha qualquer emoção particular em sua voz enquanto olhava ao redor.

Os insetos que fingiram ser Shino se juntaram ao resto de seus Kikaichuu, e em quase tempo nenhum, o apicultor estava coberto pelos insetos de Shino.

As abelhas no menino do apicultor zumbiram e se esbarravam em agitação, sentindo que seu dono estava em perigo.

"Mas, por que..." O apicultor se perguntou, "O veneno..."

O apicultor estava falando sobre como Shino deveria ter sido picado pelas vespas e ficado sob o efeito do veneno.

A verdade era que Shino de fato foi picado. Ele se deixou ser picado, porque sabia que seu inimigo nunca iria se mostrar se ele não estivesse "derrotado".

E foi por isso que se deixou ser picado pelo ferrão venenoso. Ele tinha confiança e fé em si mesmo o suficiente para fazê-lo.

"Eu estava envenenado." Shino confirmou. "Mas isso não era um problema. A razão é que essa quantidade de veneno não vai me matar."

Graças aos insetos dentro de seu corpo, venenos de até certo nível poderiam ser neutralizados.


Shino em particular estudou os pequenos, venenosos insetos Rinkaichuu usados pelo membro já morto de seu clã, Aburame Torune, e então criou seus próprios insetos para resistir a veneno graças a aquela pesquisa.

Por isso que para Shino era possível neutralizar venenos fortes em meros momentos. Você poderia dizer que era  algo que ele herdou de Torune, que foi criado ao seu lado quando era jovem, e foi como um irmão para ele.

"Bem, eu fui bem e verdadeiramente derrotado...Essa foi minha perda." O apicultor disse, percebendo que não poderia retaliar. Eles não lutaram, "Você está atrás da minha vida, eu suponho. Bem, estou contente por ser morto por um usuário de insetos de tamanha habilidade..."

"Não, estou atrás de...vinho de mel..." Shino falou no tenso silêncio. "Eu gostaria de...mais ou menos duas garrafas..."

Talvez fosse por Kiba não estar por perto, mas o silêncio parecia muito silencioso.

"Você viria para minha casa...?" O apicultor perguntou,virando sua cabeça mascarada.

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Acabou que o apicultor era originalmente um shinobi de Iwagakure, que se acomodou aqui para viver pacificamente enquanto simultaneamente temia que seus perseguidores o achariam.

Em suma, acharam que Shino era um dos perseguidores do apicultor, e foi por isso que o apicultor o atacou.

"Kiba e Akamaru..." Shino disse, "Um humano adorante de cães e seu amado cachorro, eles estavam aqui, mas, o que aconteceu com eles...?" 

"Não se preocupe, eles estão seguros. Eles estão apenas vagando na névoa." O apicultor respondeu. Eles estavam conversando enquanto se dirigiam para a casa do apicultor.

"Mais cedo, porquê você me fez de alvo...?"

"Porque se você não atacar primeiro contra um usuário de insetos, você estará em problema depois."

"Vejo."

Eles continuaram a silenciosamente conversar daquela maneira. Shino pensou que na verdade ela estavam tendo uma conversa
vívida.

Shino conhecia o clã de usuários de inseto de Iwagakure. Era um clã de principalmente usuários de abelha, que agora estava destruído. O apicultor era um descendente daquele clã.

"Aqui está..."

O apicultor parou, e Shino podia ver uma pequena casa aparecer na névoa densa da frente deles. Era uma casa simples com telhado de palha. O jardim era provavelmente a área de criação das abelhas. Tinha um cesto feito de bambu perto dele.

A casa de palha discretamente existia no bambuzal envolto com névoa.

A atmosfera sentia como um desses refúgios de ninjas que você ouvia em histórias. Na verdade, um nukenin5 estava de fato vivendo secretamente aqui, então um refúgio ninja era exatamente o que era isso.

Enquanto Shino esteve olhando para a casa, o apicultor trouxe vinho de mel. Enquanto ele o passava para Shino, o brilhante líquido âmbar balançava gentilmente dentro do recipiente.


"Obrigado. Quanto...?

"Eu não preciso de dinheiro." O apicultor calmamente respondeu, "Não seria útil para mim mesmo se aceitasse, então..."

Parecia como se eles sempre estiveram vivendo nesse lugar sozinhos. Eles pareciam ter adotado um estilo de vida que era completamente independente, sem qualquer necessidade de dinheiro.

Shino soltou outro curto "Vejo..." e colocou o vinho de mel no saco que o apicultor deu, "O que me lembra, eu ficaria muito grato se você pudesse me ensinar o caminho para a saída. A neblina está realmente densa..."

"Não há um."

O apicultor deu esse tipo de resposta sem hesitar.

"O que voce quer dizer?"

Não há um caminho de volta...isso é o que quero dizer." O apicultor sentou no topo de um pedregulho próximo, olhando intensamente para Shino com os olhos por trás da máscara. "Esse bosque de bambu é um pouco parecido com uma barreira kekkai. Uma vez que entrar, nunca conseguirá sair. Você continuará se perdendo na névoa interminável. Esse é o tipo de jutsu este aqui é..."

"Você não consegue desfazer o jutsu?" Shino perguntou.

"Me desculpe, mas ele não pode ser desfeito. É um jutsu que eu amarrei em mim mesmo..." O apicultor não parecia muito arrependido sobre isso. Sua voz era sem emoção, como sempre foi. Você poderia dizer que era calma, mas era mais como se fosse completamente vazia.

"Por exemplo, mesmo se você me matasse, o jutsu não seria desfeito..." O apicultor continuou, olhando para o céu. "Essa névoa foi originalmente feita com ingredientes únicos que fazem humanos ficarem confusos e perderem seus caminhos. Eu usei só um pouco da essência da neblina para criar o jutsu..." 

Shino olhou para a névoa brumosa. E pensar que ela tinha um tipo de ingrediente... Era isso realmente possível? Bem, ele não podia dizer que era impossível.

Ele não conseguia sentir nenhuma hostilidade por parte do apicultor, nem das abelhas que se acumulavam perto deles.

Não parecia que o apicultor estava mentindo.

E Shino lembrou da misteriosa história que ouviu de seu pai, Shibi.

Kumogakure era aparentemente a dona de uma misteriosa cachoeira. Era gigante, seu pai dise, caindo ferozmente e
emitindo enormes ondas de gotas d'água Aparentemente se você a encarasse, seu eu interior, seu eu verdadeiro seria refletido.

Naquele tempo foi difícil de acreditar, mas havia de fato tal lugar no mundo. Nesse caso, não era tão estranho se uma neblina que fazia humanos perderem seu caminho existisse. Não era um genjutsu, mas o nevoeiro que era o culpado por tudo.

Shino caminhou em direção aos arredores da casa do apicultor.

Uma neblina interminável, e um interminável bambu, bambu, bambu...

O cenário invariável continuou sem um fim.

Como um exprimento, Shino andou em linha reta, seus insetos voando em sua volta. Ele logo se encontrou chegando na casa do apicultor mais uma vez.

Ele tentou de novo, andando mais cuidadosamente, só para voltar a ver o apicultor ainda sentado calmamente em sua pedra.

Graças à composição da neblina, até meus insetos se perdem, é isso?

Seus insetos não podiam ajudá-lo. Não havia saída. Ele não conseguia achar Kiba e Akamaru. Ele estava realmente em uma situação apertada.

Mas Shino mesmo assim continuou investigando seus arredores.


"Eu me perdi no meu caminho da vida e encontrei-me aqui..." Disse o apicultor, "Mas, isso não quer dizer que este é um mau caminho de vida. Em vez disso, eu queria viver assim. Aqui, não há nada, mas o presente. Não há passado nem futuro. Só o agora. Eu estou vivendo no presente. Você não acha que isso é mais do que suficiente...?"

As palavras do apicultor eram calmas, lentas, e mesmo enquanto ele continuava a partilhar os seus pensamentos. "Eu estive sempre correndo. Correndo de lutas, e do caminho de um shinobi. Desde o início, eu nunca pensei que a vida shinobi combinava comigo. Mas eu nasci e cresci em um clã de usuários de insetos. Eu não tinha outra escolha a não ser viver como um shinobi... É por isso que eu joguei tudo fora, e fugi para este lugar. Se eu não tenho outro caminho para viver, mas o de um shinobi, então tudo o que tenho a fazer é continuar ficando perdido..."


As palavras fluindo lentamente do apicultor despareciam na névoa branca pura.

Shino silenciosamente escutava tudo.

"Todas as pessoas estão perdidas." O apicultor disse, "Não só eu. Sejam shinobi ou mercantes, homens ou mulheres, todos. E isso inclui você. Você está perdido também. Por isso que você está vagando, confuso, pela névoa assim." Ele destacou.

"Você está dizendo que eu estou...perdido...?"

Quando a boca de Shino ficou tão seca? Shino engoliu, e prendeu a respiração.

E, por alguma razão, memórias de Hinata e Kurenai apareceram em sua mente.

Lembrou-se do tempo que ele passou treinando com Hinata.

Lembrou-se dos dias de missões que ele tinha feito sob a supervisão de Kurenai.

Ele tinha finalmente tinha feito um amigo em Hinata. Kurenai tinha o entendido mesmo que ele fosse quieto.
 


Mas...

Hinata iria se casar em breve. Mesmo agora, ela estava ocupada preparando a cerimônia de casamento.

Kurenai estava ocupada criando seu filho.


As duas delas já haviam começado seus próprios caminhos. E Shino silenciosamente observava a visão das costas delas.

Eles nunca seriam capazes de voltar para como o Time Oito costumava ser. Nunca mais.

Shino tentou continuar calmo, mas começou a ficar ofegante. O nevoeiro estava enchendo seus pulmões.

Foi isso o que ele quis dizer sobre eu estar perdido...?

Hinata e Kurenai, e todos, eles estavam em direção aos seus próprios caminhos, mas Shino era o único que restava no início, onde começou. Esse era o sentimento em qual caiu.

Ele não estava indo para lugar nenhum, e não havia se fixado em lugar nenhum. Ele sentia como se fosse o oscilante nevoeiro, sempre sendo a única coisa deixada para trás.

Eram esses sentimentos uma mentira criada pela neblina...? Não, não era.

Ele sempre, sempre se sentia assim.

Antes de virem para este lugar, e antes disso também. Ele sempre esteve se sentindo perdido...

E, um pensamento lhe veio à cabeça. De algum pequeno canto de seu coração. Ele nunca havia percebido por si mesmo, mas ele pensou...

Eu quero voltar para esses dias.

Ele queria voltar, só uma vez, para esses dias onde todo mundo ficava junto como Time Oito.

"Você nem percebeu...que se sentia perdido, não é...?" O apicultor disse, olhando para Shino.

Shino estava paralisado. Ele não conseguia dar nem um único passo para frente. Não importa o quanto ele tentasse se mover para frente, ele não seria capaz de alcançar a saída de qualquer modo, então para que se preocupar? Ele não conseguia nem mesmo ver alguma coisa na frente dele dele mesmo, graças ao nevoeiro.

"Você não precisa continuar se empurrando para frente." O apicultor disse. "Você pode apenas abandonar tudo, e viver aqui, e vai estar tudo bem..."

A névoa, junto com as palavras gentis do apicultor perfurararam Shino.

Isso talvez seja o melhor. Shino pensou.

Se ele não conseguia ir para frente, e se nada estivesse para frente mesmo que ele fosse, então ele só queria ficar aqui e viver seus dias sem mudar nada. Isso poderia muito bem virar sua felicidade.

O apicultor estendeu a mão. As abelhas que cercavam seu braço afastaram-se para revelar uma mão branca cor de leite.

"Se você quiser," o apicultor disse, "Então você poderia ficar aqui comigo."

Shino olhava para a mão oferecida. 

E então, de repente...

"É a Última Missão do Time Oito! Vamos, pessoal!"

Ele de repente lembrou das palavras de Kiba. Este grito de guerra ressoava na mente de Shino.

"Isso mesmo, esta é...a última missão do Time Oito!

Nesse instante, sentia como se a escuridão ao redor do campo de visão de Shino desapareceu completamente. Sua mente atordoada ficou clara.

Por uma razão ou outra, a névoa em seus arredores foi embora.

"Eu não posso apenas parar em um lugar como este. Eu tenho que me apressar e voltar para a vila. A razão é que eu tenho absolutamente que comparecer a um casamento de um precioso amigo...!"

Debaixo de seus óculos de sol, os olhos de Shino estavam resolutos enquanto olhava firmemente para frente.

Naquele momento, ele subitamente notou uma vara de bambu nas proximidades com uma kunai presa nela.

Era sem dúvida a kunai que kiba jogou no bambu perto da cidade. Ele não havia a notado até agora. E o fato de ela estar significa que...

Shino virou a cabeça, e com certeza, conseguia enxergar a entrada para o bosque de bambu na frente dele. Ele conhecia até mesmo ver ligeiramente a pedra Divindades Guardiãs dos Viajantes. Era definitivamente o lugar pelo qual Shino e os outros entraram.

"A entrada...não a saída está aqui..." Ele disse para o apicultor, apontando.


"...? Eu não vejo nada...não há nada, mas neblina..." O apicultor inclinou a cabeça para um lado.


O tom de voz dele soou como se ele genuinamente não conseguisse ver a saída.

E Shino finalmente entendeu a situação. Era uma coisa bem simples.

A névoa fazia os humanos perderem seus caminhos. O jutsu usava a névoa. As pessoas perdem os caminhos de suas vidas dentro da neblina. Aqui, não havia passado ou futuro. Era por isso que não havia nada a não ser um eterno "presente" dentro dela. Era assim.

Mas, isso era somente no caso de você estar fugindo do seu passado e jogou seu futuro fora.

Assim como o apicultor disse, não importa quanto alguém treina como shinobi, não importa quantos anos alguém vive, qualquer pessoa que vivia vida tinha momentos que se sentia perdida. Mas para esses que não desistiam e continuam indo em frente e acreditando no futuro, essa névoa não tinha poder algum.

Se você firmemente, constantemente construísse esperança e confiança em si mesmo no seu coração enquanto caminha para frente, então mesmo se você de fato for pego na névoa densa, você eventualmente acharia o caminho para a saída.

Shino deu um sorriso irônico. Ele não podia deixar de pensar que, de certo modo, a neblina era bem parecida com a vida.

"Vejo...Então você viu a estrada e a Divindades Guardiãs dos Viajantes..." o apicultor inclinou a cabeça.

Ele silenciosamente murmurou, "Então é melhor você ir rapidamente. Antes de você perder o caminho de novo..."

Como de costume, o tom do apicultor era vazia e sem emoção.

Mas, algo sobre ele parecia solitário enquanto sentava na grande rocha. Ou talvez Shino estivesse pensando demais.

Não, não era isso.

A névoa envolveu eles, os bambuzais intermináveis, a pequena casa sem pessoas, as abelhas que cercavan o apicultor, a máscara da ambu que ele vestia e escondia seu rosto com, cada uma dessas coisas eram como outra barreira para o apicultor. Shino entendeu isto muito bem.

A razão de ele entender era que Shino se escondia também, em seu casaco longo e capuz.

Este é um escudo para me proteger. Não fisicamente, mas emocionalmente.

Shino entendia tanto esse tipo de sentimento que doía.

Era por isso que ele hesitava sobre ele dever ou não passar dos limites da barreira de uma pessoa.

As pessoas se perdem até por coisas como essa. Mas...

 Se ele só deixasse o apicultor para trás na névoa densa, ele não seria um shinobi. O apicultor era um shinobi companheiro que também havia nascido num clã de usuários de insetos. Se Shino se contesse por pensar que estava ultrapassando seus limites ou se intrometendo nos negócios de outra pessoa, e só virasse suas costas para ela e fosse embora, então ele sabia que iria definitivamente se arrepender.

Em momentos assim, ao invés de lamentar o que você não tentou, era melhor você testar sua sorte e ver. A razão era que...

"Você disse que está vivendo no presente." Shino disse, "Mas eu não posso deixar de imaginar se essa não é a escolha errada."

...a razão era que era isso o que Naruto faria.

"Uma pessoa pode mesmo viver no presente quando está fugindo de tudo?" Shino perguntou. "Alguém que é costantemente arrastado por seu passado e incapaz de ver o futuro, está ele realmente vivendo no presente? Hoje vai estar algum dia no passado, e uma pessoa que vive eternalmente nesse presente nunca será capaz de ver seu futuro, não é? Pelo menos, é isso o que penso..."

Shino balançou o saco em suas costas cheio de vinho de mel que o apicultor deu. Até agora, ele nunca havia se ressentido por ser mau com palavras.

Quando ele estava perdido na neblina, ele realmente havia pensado que seria capaz de viver dia por dia à toa.

"Você é realmente uma jóia..." o apicultor finalmente falou depois de ouvir a palestra se Shino. "Realmente inesperado. Eu pensei que você fosse um homem realmente quieto, mas acabou que você pode não mostrar em suas palavras ou expressões faciais, mas você é muito entusiasmado por dentro...Eu sinto como se tivesse tido uma palestra de um professor ansioso."

O apicultor estava falando calmamente. Seu tom era monótono como sempre foi, e graças à sua máscara, Shino não conseguia ver o olhar em seu rosto.

De qualquer modo, ele sentia como se o apicultor estava definitivamente sorrindo ironicamente.

"Um professor, huh...Eu nunca realmente pensei sobre isso, mas meu parceiro é uma criança problemática depois de tudo..." Shino respondeu, os rostos de seus companheiros vindo à mente, "Vários dos meu companheiros eram crianças problemáticas. Um reclamão constante, um grande comilão e um jovem travesso...Quem se comportava adequadamente era sempre eu. Mesmo assim, cada um desses colegas de classe agora viraram adultos esplêndidos. Eles viviam ansiosamente o presente sem fugir, e é por isso que eles conseguiram chegar nesse futuro..."

Shino parou, e fez um gesto em direção ao saco de vinho de mel que ele carregava. "Obrigado por isso. Eu vou ir embora agora."

"O que você vai fazer sobre aquela criança amante de cachorros...?" O apicultor perguntou de trás dele, "E se, diferente de você, ele não conseguir sair...?"

Shino não precisou nem pensar para responder aquela pergunta.

"Aquele é muito mais honesto do que eu." Shino disse, "Ele não vai perder seu caminho."

Cheio de convicção, Shino virou em direção à saída e começou a andar.
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Quando Shino saiu da névoa, o amplo céu azul o saudou. Ele colocou as mãos nos bolsos do casaco, e esperou na frente da pedra Divindades Guardiãs dos Viajantes.

Uma fila de formigas estava marchando perto do seu pé, e ele as observava para passar o tempo.

Depois de um tempo, ele ouviu uma voz do meio do bambuzal.

"Yahoo! Nós finalmente achamos a saída, Akamaru!"

A voz foi imediatamente seguida por um latido com som bem familiar.

Kiba pulou de dentro do bosque de bambu, coberto de lama.

"Você está atrasado..." Disse Shino, quando um Kiba coberto de lama saltou. "Kiba."

"O QU-" Kiba pulou para trás com surpresa quando viu Shino subitamente em pé ao lado dele, "Eu sei que é você pelo cheiro, mas você podia pelo menos dar um aviso antes de aparecer de repente!"

Kiba pegou uma toalha de mão para limpar a lama em seu rosto, resmungando sobre como o aparecimento abrupto de Shino tinha quase lhe dado um ataque cardíaco.

"Parece que você passou por alguma dificuldades..." Shino notou.

"Eu não! Tudo estava bem!"

Kiba era alguém que gostava de agir de modo durão. Ele era fácil de entender. 

Ele deve ter se perdido também, à sua própria maneira. Assim como Shino, Kiba provavelmente encarou suas preocupações e ansiedades para o futuro, também, naquele bosque de bambu que parecia um genjutsu. Mas, Kiba mesmo assim chegou aqui.

Sobre o que raios Kiba estava preocupado? Para que tipo de futuro ele estava indo em direção...?

Shino ficou um pouco curioso, então quis incitar para achar respostas.

"Você vai se confessar para aquela mulher...?"

O rosto de Kiba ficou escarlate com a pergunta repentina. "O qu-? O que é isso?! Porque até mesmo você está me incomodando sobre Tamaki?!"

"Hmmm...'até mesmo eu', hein...?

Kiba era realmente um homem muito fácil de se entender. Mas, esse era um de seus pontos positivos.

"Ouça, você está totalmente errado! Você sabe, Shino, você realmente não entende... É provavelmente porque você não é super popular. Ouça, um homem não pode ser muito ganancioso." 

Kiba estava tentando parecer legal tanto quanto possível, mas seu rosto ainda estava vermelho.

"Então, o que um homem deve fazer...?"
 


"Bem... o primeiro passo é, obviamente...uhh...você sabe...aquela coisa." Kiba estava afobado, suor frio escorrendo pela testa, "Uhm- sim, cartas! A troca de cartas parece ser o melhor lugar para começar, certo?"

"'Parece ser'...?"
 


"Não, definitivamente é! Caras Populares começam esse tipo de coisa trocando cartas! Certo Akamaru?"

Kiba devia estar muito afobado, apelando para Akamaru para obter ajuda. Akamaru desviou os olhos.

"De qualquer forma, o mais importante, nós temos que ir e achar aquele vinho de mel." Kiba mudou de assunto. "O sol vai ir embora em breve!"

"Eu já consegui alguns." Shino disse, "Então vamos para casa..."

"Você está brincando, né?! Eu nem sequer consegui fazer alguma coisa!"
 


Shino deu ao abismado Kiba um olhar para trás antes de começar a caminhar de volta. Akamaru olhou para Kiba, que congelou em estado de choque, deu um latido, e bruscamente seguiu Shino.

"Esp- espere só um minuto!" Kiba os seguiu, cheio de reclamações, "Que ótimo, primeiro Naruto, agora você, porque é quevocês sempre pegam as melhores partes?! Eu tive um monte de trabalho dentro daquela névoa também, sabe!"

Parecia que o único que sabia pelo que Kiba passou na névoa era Akamaru. O próprio Akamaru parecia estar mantendo os lábios selados, então ele provavelmente não irira falar sobre isso.

Shino estava pensando naquilo enquanto caminhava, quando– 

"Ei, Shino, olhe aquilo!" Kiba gritou.

Imaginando sobre o que ele estava gritando, Shino virou a cabeça para olhar para trás e... 

A névoa em torno do bosque de bambu estava indo embora.

Na visão completa, o bosque de bambu não era tão grande depois de tudo. Apenas de tamanho normal, como qualquer outro bosque de bambu.

"Droga, o que é isso, por que é que está limpando só agora... Eu fiquei tão perdido lá dentro..."


Kiba havia aparentemente esquecido sobre como ele havia blefado sobre tudo estar bem dentro do bosque de bambu, reclamando abertamente agora. Então ele havia se perdido de seu próprio jeito.

Mas, Kiba não sabia do verdadeiro significado da neblina.

O fato da neblina ter se erguido tão completamente significava...

"Eu vejo...então você resolveu as coisas..." Shino murmurou para si mesmo.

Nesse momento, Kiba olhou para o rosto de Shino. O que ele viu fez seus olhos se arregalarem.

"Shino...isso é raro...você dificilmente sorri dessa maneira..."

"Hm? Do que você está falando, Kiba?"

"Hein?" Kiba começou a piscar. "Eu estou vendo coisas...? Isso é estranho..."

Shino virou as costas para ele e continuou andando. "Nós temos que nos apressar. A razão é que Kurenai-sensei está esperando por nós."

A atmosfera sentia refrescante. O céu estava limpo, e a névoa se foi.

Kiba se apressou para alcançar Shino, e então apertou os olhos para ver o sol e dizer quanto tempo passou baseado em seu ângulo.

"Gahh, eu realmente queria achar um presente de casamento antes de todo mundo." Ele murmurou.

"Sério. Nós acabamos gastando tantas horas..."

"Mas então ei, nosso presente de casamento é definitivamente o melhor!"

"Obviamente. Eu, você, e Akamaru, todos nós alcançamos esse presente trabalhando juntos, afinal.

Depois de um tempo, as velhas construções da cidade abandonada começaram a entrar na visão novamente. Não haviam muitos gatos na área agora.

Como esperado, os gatos apareceram para ficar de olho neles. Eles provavelmente decidiram que Shino e o resto não eram uma ameaça e foram embora.

Isso, ou eles o viram andando com Tamaki e Momo, e decidiram aprovar suas presenças.

De algum modo, parecia que a própria cidade abandonada deu a eles sua aprovação.

Quando eles entraram na passagem complicada, Shino tirou um inseto.

Por precaução, ele disse para este inseto memorizar o complicado caminho de volta.

Kiba viu o inseto e imediatamente entendeu, soltando um assobio.

"Você é realmente sensível," Ele disse, "Obrigado."

"Se nós o seguirmos, chegaremos à saída logo."

Eles seguiram o inseto enquanto ele voava pelas estradas sem hesitar nenhuma vez.

"E com isso," Shino murmurou, "A Última Missão do Time Oito...está completa...!" 

Por alguma razão, ele queria que ele mesmo dissesse essas palavras. Ele não queria ouví-las de outra pessoa. Ele queria ouví-las saindo de sua própria boca.

É claro, se ele fizesse isso, o auto-proclamado líder do Time Oito -também conhecido como Kiba- não ia deixar passar

"Por que é você quem está declarando isso? E sabe, a missão não vai estar terminada até chegarmos na vila!

“É claro.” Shino obedientemente balançou a cabeça, continuando a pensar sobre o que estava considerando mais cedo , "Vamos voltar para a aldeia, e nos certificar de verificar o início do futuro de Naruto e Hinata com nossos próprios olhos."

“Hm? O que é isso? Você se tornou um verdadeiro poeta hoje."

“Me tornei?”

Eles continuaram falando enquanto caminhavam.

Shino lembrou do dia em que foi posto no mesmo time que Kiba.

 “Não acho que serei capaz de me dar bem com você. A razão é que nós

Kiba não o deixou terminar aquela frase.

Naquela época, ele estava cheio de nada, a não ser ansiedade sobre o futuro. Todos os dias, ele se sentia deprimido com isso.

Mas, olhe como as coisas acabaram.

Agora mesmo, Shino tinha um parceiro no qual confiava mais do que qualquer outra pessoa caminhando ao seu lado.

Ele tinha um melhor amigo que escutava o que ele tinha a dizer.

Se ele fosse capaz de dizer ao seu eu passado sobre como as coisas iriam acabar, que tipo de expressão seu eu passado iria fazer? Ele iria provavelmente pensar que o futuro não era tão ruim assim, no final das contas.

Mas, havia uma coisa que Shino sabia claramente:

O presente não é tão ruim assim.

Mesmo se ele seguisse um caminho diferente no futuro, as memórias deste tempo não desapareceriam.

E quando se tratava do que estava além de suas memórias, quando se tratava do futuro que estava à frente desse contente presente, Shino não tinha nada a temer.

A razão era que...

Shino repentinamente se lembrou de algo, e virou-se para perguntar a Kiba.

“Dito isso, Kiba…você disse que estava sendo considerado um candidato, mas quando exatamente vai  acontecer sua cerimônia de inauguração Hokage?

“Ca-cale a boca! Eu vou trabalhar duro para isso acontecer!!”

A razão era: esses laços.

Seus laços com seus companheiros eram para a vida toda.



Final...

1-Matatabi é uma planta japonesa também chamada de silvervine, é como uma versão muito mais forte de catnip(em português nepenta, outra planta também muito apreciada por gatos).

 2-Inukekka é o nome japonês para catnip, citado acima.

3-No Japão há uma crença comum que diz que, quando você espirra sem motivo aparente, alguém está falando de você.

4-Foram usadas as palavras "this"(esse-essa-singular), "the"(o-a, talvez os-as) e "they"(eles-elas-plural) para se referir ao mesmo apicultor, de modo que parecia ser mais de um apicultor, até quando ele falava, mas parecia ser somente uma pessoa falando, ficou muito confuso, mas, de qualquer modo, traduzi de modo que ficou parecendo que é somente um apicultor, pois é o que faz mais sentido. Resumindo, não ficou claro se o apicultor é "ele" ou "eles", mas fiquei com a alternativa "ele"(sim, eu sei que menciona o "menino do apicultor" em certo ponto). Na verdade, usa-se o "they" quando não se sabe o gênero da pessoa.

5-"Shinobi fugitivo".
 

6 comentários:

  1. Olá!!!!
    Estou amando essa missão final com Shino, Kiba e Akamaru. Saudades dessa galera.
    Mas fiquei com uma dúvida sobre a Tamaki, a menina dos gatos. No final do mangá mostra que Kiba está se relacionando com uma moça que sempre está com gatos, é a mesma pessoa???
    Se é a mesma pessoa, ele está "enrolando"(Tio Kishimoto no caso) essa moça já tem uns 12 anos...bom foi o que pensei...risos, pois vi comentários de fãs do Kiba furioso com o Tio Kishimoto que ele esqueceu do Kiba, dou razão aos fãs. Mas como é uma obra Shonen(eu acho que é assim que se escreve, só fica no personagem principal e no seu desenvolvimento).
    Realmente a pressão dos prazos de entregar a obra fez com Kishimoto esquecesse completamente de alguns personagens...snif, snif, snif.

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    1. Oi^^
      Acho que é o capítulo com mais história desse hiden(e mais longo também!). É triste pensar que acabou:(
      Sim, no capítulo final do mangá é a Tamaki também^^
      É, não teve qualquer explicação sobre Tamaki, e aquele capítulo foi vago demais, teve um monte de coisa jogada na sua cara sem explicação, mas não reclamo já que tinha quase certeza que nem ia ter epílogo, mas ao invés de ficar enrolando a guerra, deveria ter feito um final mais elaborado, não teve detalhes sobre o futuro de quase nenhum personagem que não seja do Time 7. Odeio esse aspecto de Shōnen, o personagem principal vira o melhor de todos e mais forte e os outros são esquecidos completamente...
      Obrigada pelos comentários ^.^

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  2. Obrigada pela tradução!
    Realmente foi o capítulo mais longo e deve ter sido cheios de detalhes para traduzir mas ficou ótimo.
    Os laços de Kiba e Shino pode ser mostrado nessa novel pois eu achava que eles se detestavam, e só se uniam em uma missão, como eu estava errada, bom saber que eles se entendem do jeito deles.

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    1. Por nada ;)
      Muito obrigada!
      É, com aquelas personalidades opostas deles, hehe.

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  3. to aqui jogando o novo jogo da oasis de naruto vc devia tentar é muito bem feito

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